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Diretor da BRF deixa a prisão na Região de Curitiba

Ele foi preso, no dia 17 de março, durante a Operação Carne Fraca, e estava no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

O diretor da BRF (marcas como Sadia e Perdigão), André Luís Baldissera, deixou a prisão por volta das 17h desta quarta-feira (29) após pagar fiança de R$ 300 mil autorizada pelo juiz federal Marcos Josegrei. Ele foi preso, no dia 17 de março, durante a Operação Carne Fraca, e estava no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

André é acusado de atuar junto ao chefe da fiscalização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para que a fábrica de Mineiros (GO) não fosse interditada, depois de terem sido encontrados traços de salmonela em produtos.


  • Foto: Lucas Dias/GP1Linguiça da Sadia encontrada no Supermercado Carvalho Linguiça da Sadia encontrada no Supermercado Carvalho

Segundo o G1, para autorizar a soltura, o magistrado considerou que as provas apresentadas pela Polícia Federal à Justiça, cujas informações embasaram a prisão preventiva, são "no mínimo, controversas". A acusação, com base em escutas telefônicas, era de que havia salmonela em uma carga de carnes produzida na unidade de Mineiros da BRF barrada ao entrar na Itália.

De acordo com as ligações anexadas aos autos Baldissera refere-se à possibilidade de "perder para sempre Mineiros" e que deveria tentar fazer chegar a Europa, não mais pelo porto italiano, mas por Roterdã, na Holanda.

A defesa do diretor afirmou que houve equívoco do serviço de controle europeu ao barrar a carga porque a espécie da bactéria identificada não justificaria a medida e que a conversa captada era legítima e demonstrava a inconformidade de Baldissera com o fato.

Para os advogados, o diretor só queria, rapidamente, apresentar a defesa ao Mapa para "viabilizar o desembaraço no continente europeu".

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