A Justiça Federal soltou, neste sábado (25), as três pessoas presas na Operação Carne Fraca que tiveram a prisão temporária prorrogada por mais de cinco dias. O juiz federal Marcos Josegrei da Silva determinou a soltura de Rafael Nojiri Gonçalves, Antônio Garcez da Luz e Brandízio Dario Júnior.
Segundo o G1, o juiz e a Polícia Federal alegaram que "as diligências preliminares que justificavam a medida de prisão temporária dos investigados estão cessadas".
Na quarta-feira (22), Sidiomar de Campos, Celso Dittert De Camargo, Alice Nojiri Gonçalves, Luiz Alberto Patzer, Leomar José Sarti, Marcelo Tursi Toledo, Osvaldo José Antoniassi e Mariana Bertipaglia de Santana, que estavam presos na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, já haviam sido libertados.
- Foto: Lucas Dias/GP1Linguiça da Sadia
Além dos 11 presos temporários, há outros presos 25 preventivos, que não têm prazo para deixar a prisão. Também há um empresário considerado foragido, Nilson Alves Ribeiro que vive na Itália e é suspeito de pagar R$ 350 mil em propina para fiscais do Ministério da Agricultura do Paraná, em troca de uma licença para abate de carne de cavalo no frigorífico Oregon, seu parceiro.
Perfis
O G1 fez o perfil das pessoas soltas neste sábado. Confira abaixo:
Rafael Nojiri Gonçalves - Advogado e filho de Daniel Gonçalves Filho, considerado o articulador do esquema criminoso no Paraná. Rafael recebia dinheiro de propina em sua conta bancária e atuava como parceiro nos negócios paralelos do pai. Segundo a polícia, ele tem empresas de fachada em sociedade com Daniel. A defesa dele não foi localizada.
Brandízio Dario Junior - Fiscal federal agropecuário, responsável pela descentralizada do Ministério da Agricultura em Maringá, na região norte. Participou de uma reunião com empresários locais em um shopping, ao lado de Juarez José de Santana, que liderava uma célula criminosa autônoma no Paraná.
O advogado de Brandízio, Douglas Bonaldi Maranhão, disse que o cliente não tem relação alguma com os fatos descritos no inquérito policial.
Antonio Garcez da Luz - Fiscal federal agropecuário, chefe do escritório do Ministério da Agricultura em Foz do Iguaçu. Era próximo de Daniel Gonçalves Filho e de Gil Bueno de Magalhães, mas não integrava essa organização criminosa. Agia paralelamente, mantendo seu grupo criminoso na cidade fronteiriça. A defesa dele não foi localizada.
Operação Carne Fraca
Na última sexta-feira (17), a Polícia Federal deflagrou a Operação Carne Fraca com o objetivo de combater a corrupção de agentes públicos federais e crimes contra Saúde Pública. O caso envolveu grandes empresas como a JBS (de marcas como Friboi, Swift e Seara) e BRF (marcas como Sadia e Perdigão) por comercializarem carne estragada no Brasil e no exterior.
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