Na tarde desta terça-feira (7), o ex-presidente da Câmara e deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) será interrogado pela primeira vez pelo juiz federal Sérgio Moro. Moro é responsável pelas ações da Operação Lava Jato na primeira instância, em Curitiba.
Eduardo Cunha está preso desde 19 de outubro e é acusado de ter recebido propina em um contrato da Petrobras para exploração de petróleo no Benin, na África e também de ter usado contas na Suíça para lavar dinheiro sujo.
De acordo com a Veja, o deputado teria recebido 1,3 milhão de francos suíços, algo em torno de 1,5 milhão de dólares. Jorge Zelada, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras seria mediador do acerto dos valores. Nesse processo, Eduardo Cunha é acusado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de fraudulenta de divisas.
- Foto: Dirceu Portugal/Estadão ConteúdoEduardo Cunha
Essa não é a primeira que o juiz e o pemedebista ficarão frente a frente. Cunha já esteve presente em todas as audiências com as testemunhas de acusação e defesa. Após a oitiva do réu, a ação entra na fase final de exposição das alegações finais da procuradoria e da defesa.
Eduardo Cunha ainda é réu em outras duas ações penais, uma acusação por suposto recebimento de 5 milhões de dólares em propina por contratos de afretamento de navios-sonda da Samsung pela Petrobras, que está tramitando no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro. E outra que corre na Justiça Federal do Distrito Federal em que responde por desvios para a liberação de recursos do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), da Caixa Econômica Federal.
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