Nesta segunda-feira (13) o presidente Michel Temer afirmou que todos os ministros denunciados na Operação Lava Jato serão afastados do cargo. Temer disse que será necessário um conjunto de provas para atestar as acusações, e então eles serão afastados temporariamente.
“Se houver denúncia, o que significa um conjunto de provas que eventualmente possam conduzir ao seu acolhimento, o ministro que estiver denunciado na Lava Jato será afastado provisoriamente. Depois, se acolhida a denúncia, e aí sim, o ministro se transformar em réu da Lava Jato, o afastamento é definitivo”, disse Temer.
De acordo com informações do Estadão, o presidente ressaltou ainda que o governo não irá afastar ministros por uma “simples menção inauguradora”. “Faço essa declaração para dizer que o governo não quer e não vai blindar ninguém. Apenas não pode aceitar que a simples menção inauguradora de um inquérito, para depois inaugurar uma denúncia, para depois inaugurar um processo, já seja de igual motivo a incriminá-lo em definitivo e em consequência afastar o eventual ministro" declarou Temer.
- Foto: Estadão ConteúdoMichel Temer
Apesar de não citar o nome de Moreira Franco, Temer se referia ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, que na última semana foi afastado do cargo por decisões da Justiça de primeiro grau que consideraram a sua nomeação uma tentativa de lhe dar foro privilegiado.
As liminares foram derrubadas por tribunais de instâncias superiores e a decisão final sobre assunto será feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello ainda nesta segunda-feira (13).
Moreira Franco é considerado braço direito de Temer e já foi citado mais de 30 vezes na delação premiada do ex-diretor da Odebrecht Cláudio Melo Filho, que o acusou de receber propina para defender os interesses da empreiteira.
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