Nesta sexta-feira (15) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a Síntese de Indicadores Sociais (SIS), que indica que o número de jovens de 16 a 29 anos que não estudam nem trabalham subiu para 41,25 milhões em 2016. Em 2012 o número era de 34,2 milhões.
“O que a gente constata é que esse aumento não é por conta da frequência escolar, mas pelo aumento da desocupação”, disse a analista da Coordenação de Indicadores Sociais do IBGE, Luanda Botelho.
Desemprego
O grupo de jovens que nem estudam, nem trabalham, ficou conhecido como “nem nem” e cresceu com a onda de desempregos no Brasil. Entre 2012 e 2016 o número saltou de 4 milhões para 4,3 milhões o número de jovens entre 16 e 29 anos que estão desempregados no país.
“Isso nos mostra que são os jovens que mais sofrem com os efeitos da crise no mercado de trabalho”, disse Cíntia Simões Agostinho, analista do IBGE.
Escolaridade e cor
“A incidência dos que não estudam nem estão ocupados ocorre entre os pretos e pardos e entre aqueles com menor nível de escolaridade”, afirmou Luanda Botelho.
De acordo com dados da pesquisa, 38,3% dos “nem nem” tinham ensino fundamental incompleto e 29,1% eram pardos ou pretos.
Gênero
Segundo a pesquisa, o percentual de homens que não estudam e nem estão ocupados é de 19%, enquanto as mulheres somam 32,7%. “Assim a gente pode afirmar que as mulheres têm 1,7 vez mais chance de estar não estudantes e não ocupadas que os homens”, explicou Luanda.
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