Um dos petistas mais próximos do ex-presidente Lula, Luiz Marinho, afirmou em entrevista ao Estadão que o partido tem que rever alianças para as eleições de 2018 e deixar de lado a proibição de aliança com partidos que votaram a favor do impeachment de Dilma Rousseff. Luiz Marinho é ex-prefeito da cidade de São Bernardo do Campo.
Ao ser questionado pela reportagem se o PT faria alianças com partidos que apoiaram o impeachment de Dilma, Luiz disse que grande parte do povo também apoiou o impeachment. “A maioria do povo também apoiou o impeachment e nós queremos recuperar a maioria do povo. Não vejo a necessidade de um grande arco de alianças para a candidatura do Lula. Vamos precisar de uma grande aliança para governar, no Congresso. Mas isso pode se dar no processo eleitoral ou pós-eleições. Agora vamos analisar no sentido de ganhar a eleição. Depois se tomam providências sobre composição da base no Congresso”, disse.
- Foto: Facebook/Luiz MarinhoLuiz Marinho
Marinho não descarta a hipótese do PT se coligar com o PMDB em alguns estados, tendo em vista que o PMDB nunca foi um partido nacional e sim uma “federação de caciques nos Estados”.
“Não enxergo qualquer possibilidade de aliança com o PMDB em São Paulo porque o Michel Temer é de São Paulo. Agora, em alguns Estados, eventualmente pode acontecer. Não vai ser um “liberou geral”. Mas o PT deve permitir aliança com partidos que apoiaram o golpe”.
O ex-prefeito afirmou que a chance do ex-presidente Lula se candidatar nas próximas eleições é de “Noventa e nove ponto nove por cento”. Marinho disse ainda que gostaria de ver Dilma candidata, “mas parece que não faz parte da vontade pessoal dela.”.
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