Peritos dizem que estrutura de ciclovia estava solta

Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) concluíram que a ciclovia Tim Maia, que caiu no último dia 21 de abril, no Rio de Janeiro, houve “erro primário” no projeto. O laudo afirmou que a estrutura estava solta e “sem amarras”.

“Se a plataforma fosse deviamente amarrada, sim, o acidente poderia ter sido evitado. O volume de onda que bateu sofreu um movimento ascendente, encontrando a parte de baixo da ciclovia", afirmou o chefe de enganharia do instituto Liu Tsun.

"A conclusão é de que deveria ter havido um cálculo estrutural, prevendo uma ação ascendente de uma onda com certo potencial. Houve um certo subdimensionamento. Um erro primário, com certeza", afirmou Sérgio William, presidente do ICCE.

A perícia descobriu que o projeto estrutural tem nome do consórcio Contemat engenharia, mas que os cálculos da passarela e dos pilares foram feitos pela empresa Engemolde.

Um técnico da Geo Rio já havia citado a empresa em depoimento a polícia como responsável por fornecer lajes e pilares, exceto as do local que aconteceu o acidente. O laudo técnico indica que o consórcio Contemat/Concrejato terceirizou também os cálculos da estrutura da ciclovia.