Wanessa Gommes
Em entrevista à Folha de São Paulo, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, fez críticas contundentes à decisão do juiz Sérgio Moro de conduzir coercitivamente o ex-presidente Lula para depoimento.
"Condução coercitiva? O que é isso? Eu não compreendi. Só se conduz coercitivamente, ou, como se dizia antigamente, debaixo de vara, o cidadão de resiste e não comparece para depor. E o Lula não foi intimado", questionou.
Para o ministro o atropelamento só gera incerteza jurídica para todos os cidadãos: "Amanhã constroem um paredão na praça dos Três Poderes", criticou.
"O juiz Moro estabelece o critério dele, de plantão. Nós, magistrados, não somos legisladores, não somos justiceiros", pontuou.
O ministro afirmou ainda que "se pretenderem me ouvir, vão me conduzir debaixo de vara? Se quiserem te ouvir, vão fazer a mesma coisa? Conosco e com qualquer cidadão? O chicote muda de mão. Não se avança atropelando regras básicas".
"Condução coercitiva? O que é isso? Eu não compreendi. Só se conduz coercitivamente, ou, como se dizia antigamente, debaixo de vara, o cidadão de resiste e não comparece para depor. E o Lula não foi intimado", questionou.
Para o ministro o atropelamento só gera incerteza jurídica para todos os cidadãos: "Amanhã constroem um paredão na praça dos Três Poderes", criticou.
Imagem: Jornal do Brasil
Ações de Moro implicam em retrocesso, e não em avanço para a sociedade, afirmou Marco Aurélio
Questionado sobre o argumento de Moro de que a medida foi tomada para assegurar a segurança de Lula, Mello respondeu: "Será que ele [Lula] queria essa proteção? Eu acredito que na verdade esse argumento foi dado para justificar um ato de força. Isso implica em retrocesso, e não em avanço".
Ações de Moro implicam em retrocesso, e não em avanço para a sociedade, afirmou Marco Aurélio"O juiz Moro estabelece o critério dele, de plantão. Nós, magistrados, não somos legisladores, não somos justiceiros", pontuou.
O ministro afirmou ainda que "se pretenderem me ouvir, vão me conduzir debaixo de vara? Se quiserem te ouvir, vão fazer a mesma coisa? Conosco e com qualquer cidadão? O chicote muda de mão. Não se avança atropelando regras básicas".
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