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Moro põe sob sigilo planilha de pagamentos da Odebrecht

As buscas fazem parte da 23ª fase da Operação Lava Jato, denominada Acarajé.

A força tarefa da Operação Lava Jato encontrou na residência de Benedicto Barbosa Silva Junior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, a maior lista de políticos e partidos associada a pagamentos de uma empreiteira até agora.

As buscas fazem parte da 23ª fase da operação, denominada Acarajé, que teve como alvo o casal de publicitários João Santana e Monica Moura, que atuaram nas campanhas presidenciais de Lula, em 2006 e de Dilma, em 2010 e 2014.


Na tarde desta quarta-feira (23), o juiz federal Sérgio Moro decretou sigilo sobre a planilha da empreiteira que cita mais de 200 políticos de todo o país, de partidos aliados e de oposição ao governo, como supostos destinados de valores da empreiteira.

Os piauienses Wellington Dias (PT), o senador Ciro Nogueira (PP), o deputado federal Heráclito Fortes (PSB) e o prefeito da capital, Firmino Filho (PSDB), foram citados nos documentos encontrados pela Polícia Federal (PF).



O juiz pediu ao Ministério Público Federal (MPF) que se manifeste sobre “eventual remessa” da documentação ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A investigação da PF na casa de um dos mais importantes executivos do esquema de propinas na empreiteira rendeu sete arquivos onde aparecem inúmeras planilhas e tabelas, algumas separadas por Estados e outras por partidos, com nome dos principais partidos políticos do Brasil.

Nos documentos foram encontradas também anotações manuscritas fazendo referência a repasses para políticos e partidos, acertos com outras empreiteiras e até documentos sobre “campeonatos esportivos”, que lembram documentos encontrados anteriormente pela Lava Jato, que revelaram atuação de cartel das empreiteiras em obras da Petrobras.

Nos documentos encontrados na residência de Benedicto não há indicativos que os pagamentos tenham sido feito de formas irregulares ou fruto de caixa 2 e a PF informou que ainda não teve tempo para analisar a documentação.

Nas planilhas encontradas pela PF na residência do executivo, que são diferentes das encontradas no setor de “Operações Estruturadas” da Odebrecht, os políticos não possuem codinomes para se referir a políticos.

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