Fechar
GP1

Brasil

TJ bloqueia verba de 30 acusados de desviar verba do SUS

De acordo com o MP, foram desviados mais de R$ 35 milhões dos cofres públicos.

O juiz da 3ª Vara Cível de São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, Euclides de Lima Miranda, decretou nesta quinta-feira (25) a indisponibilidade dos bens de 30 envolvidos em um esquema de desvios de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo investigadores, entre os anos de 2005 e 2010 foram desviados mais de R$ 35 milhões dos cofres públicos municipais. A ação foi ajuizada pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ), que investiga o grupo que desviava dinheiro público forjando consultas em clínicas conveniadas ao SUS.
Imagem: DivulgaçãoTJ bloqueia verba de 30 acusados de desviar verba do SUS(Imagem:Divulgação)TJ bloqueia verba de 30 acusados de desviar verba do SUS

O ex-presidente da Câmara Municipal de São Gonçalo, Aristeo Eduardo Teixeira da Silveira (Eduardo Gordo), o deputado estadual Rafael do Gordo e o ex-secretário municipal Marcio Panisset, além de outros servidores públicos e donos de laboratórios conveniados ao SUS são réus no processo.

Todos são acusados de praticar crimes contra a administração pública, como falsificação de documentos, corrupção ativa e passiva e prevaricação. De acordo com informações do RJTV, as clínicas geravam um registro de consultas que nunca aconteceram e políticos ficavam com o dinheiro.

A Clínica Porto da Pedra está atualmente abandonada, mas os investigadores descobriram que ela recebia por atendimentos que nunca foram realizados.

Esquema


A Clínica Médica e Oftalmológica Veja Bem, a Clínica Médica Odontológica Barro Vermelho e o Laboratório de Análises Clínicas Dr. Nívio Pedro Martini também foram descredenciados do SUS.

No esquema, os funcionários copiavam as assinaturas dos pacientes atendidos em clínicas conveniadas ao SUS e lançavam no sistema consultas que nunca foram feitas, mas que seriam pagas às clinicas com o dinheiro do SUS. Exames falsos também eram pedidos e o dinheiro pago aos laboratórios ficava om a quadrilha.

O escritório de advocacia Oliveira e Prates também fazia parte da fraude e era responsável por organizar a papelada que era enviada ao SUS. O local onde seria a sede do escritório, na verdade não existe.

A empresa foi criada para facilitar a captação de dinheiro e mesmo sem funcionários, a conta bancária do escritório recebeu R$ 640 mil em três anos.

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.