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Mãe faz cirurgia para tirar bebê morto após 50h de espera

O parto foi realizado 50 horas após a descoberta que o bebê havia morrido.

Após 50 horas de espera, a grávida Rafaela da Silva, de 25 anos, passou por uma cirurgia em Boa Vista e teve o bebê morto retirado da barriga. Familiares afirmam que o parto foi realizado por volta de 23h (horário de Brasília) porque o bebê era grande demais para nascer de parto normal.
Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarO parto foi realizado 50 horas após a descoberta que o bebê havia morrido. (Imagem:Divulgação)O parto foi realizado 50 horas após a descoberta que o bebê havia morrido.

Urutanir da Silva, esposo da jovem, afirma que às 17h da terça-feira (19) ela foi internada na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth e em seguida os médicos descobriram que o bebê estava morto. Em seguida eles decidiram esperar para que a criança nascesse por parto normal.

"Mas ontem, eu abordei um médico e afirmei que minha esposa estava muito mal e precisava passar por cirurgia. Em seguida, os médicos descobriram que o bebê era grande demais para nascer por parto normal e fizeram a cirurgia para retirada do neném", conta o marido de Rafael.

A jovem foi entubada após a cirurgia, mas passa bem. Os médicos afirmaram que o bebê pode ter morrido em decorrência da diabetes que Rafaela adquiriu durante a gravidez. Esse seria o primeiro filho do casal.

"Eles [médicos] disseram que a diabetes pode ter sido a causa, mas o que não entendo é porque eles não nos falaram sobre esse risco, já que a minha esposa fez pré-natal e veio à maternidade quando estava com oito meses de gravidez. É muita negligência", afirma.

O pai da criança afirma que na manhã da terça-feira foi à maternidade e havia sido informado que o bebê estava bem. "Pela manhã minha filha estava viva, e à tarde morreu. Nem como isso aconteceu, eles [médicos] nos explicaram direito", desabafa.

A mãe da gestante, Olinda da Silva, afirma que a filha não reagiu aos medicamentos de indução do parto e sofreu bastante. “Passou de morena à amarela”, lamenta. A conselheira do Conselho Regional de Medicina (CRM) em Roraima, Magnólia Rocha, disse que em caso de feto morto é indicada a indução de parto normal.

Protocolo do Ministério da Saúde


A diretora clínica do hospital, Emília Alexandrino, afirmou que a cirurgia de Raquel não foi feita por causa do tamanho do bebê e disse ainda que o procedimento seguiu as normas do Ministério da Saúde (MS).

"Ela tomou misoprostol [medicamento usado para ajudar na dilatação e expulsar o feto], fez todo o protocolo e teve dilatação de 8cm. No entanto, o bebê não desceu, não encaixou adequadamente. Como viram que aquilo já estava demorado e que o parto normal poderia acabar não ocorrendo, os médicos intervieram e fizeram a operação", explica.

Diabetes

A diretora falou sobre a probabilidade de o bebê ter morrido devido ao diabete gestacional da mãe. "Ela fez pré-natal na rede privada e não teve diagnóstico no início da gravidez, a doença não foi tratada corretamente e consequentemente acabou afetando o bebê", afirma.

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