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Médicos peritos do INSS anunciam fim da greve após 140 dias

Os médicos peritos anunciaram greve no dia 4 de setembro. Foi a maior greve da categoria.

A partir da próxima segunda-feira (25), os médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), voltarão ao trabalho. Após quase 140 dias de greve, a associação nacional da categoria informa que, no entanto, as atividades só serão retomadas para o atendimento àqueles que ainda não se submeteram à perícia médica inicial.
Imagem: Jackson Ciceri/O SulMédicos peritos do INSS anunciam fim da greve após 140 dias(Imagem:Jackson Ciceri/O Sul)Médicos peritos do INSS anunciam fim da greve após 140 dias

A Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) afirmou em nota que a categoria se manterá em estado de greve, o que significa que será mantido apenas o atendimento essencial, com prioridade para quem vai fazer a primeira perícia para dar entrada a algum tipo de benefício.

"Novas paralisações no futuro não estão descartadas. Esperamos que com essa atitude de distensionamento, o governo saia da trincheira em que se colocou e volte a negociar com a categoria", diz o comunicado.

O INSS informou que o retorno dos peritos ao trabalho "permitirá ao Instituto envidar esforços para uma rápida e completa regularização do atendimento à população, reduzindo o tempo de espera pela perícia médica e agilizando a conclusão dos processos represados".

O instituto disse ainda que “em boa parte das unidades”, o atendimento pericial é realizado normalmente. "A Central de Atendimento 135 está à disposição para informar os segurados e realizar os agendamentos e/ou reagendamentos necessários", acrescentou.

Os médicos peritos iniciaram a greve no dia 4 de setembro de 2015 e só voltarão no dia 25 de janeiro deste ano. Esta foi a greve mais longa da categoria. De acordo com a associação que representam os médicos, mais de 2 milhões de perícias deixaram de ser feitas no período.

Cerca de 30% dos peritos estão trabalhando atualmente, de acordo com a associação. A partir do dia 25, eles voltam em 100% “em estado de greve”. O diretor sindical da Associação dos Médicos Peritos, Luiz Carlos de Deive, disse que o retorno mostra apenas uma mudança na forma de protesto “diante da intransigência e insanidade do governo de deixar 2,1 milhões de perícias sendo desmarcadas”.

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