Depois da campanha #MeuPrimeiroAssédio ter ganhado força nas redes sociais, uma nova investida das mulheres na rede é a hashtag #MeuAmigoSecreto.
A frase foi criada no Twitter de forma espontânea, mas logo repercutiu em todas as redes social, marcando assim o Dia Internacional da Não Violência contra as Mulheres, celebrado na quarta (25).
A frase é associada à típica brincadeira de final de ano, o amigo oculto, e expõe atitudes machistas que muitas vezes passam despercebidas. A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e a ex-candidata à Presidência da República, Luciana Genro (PSOL) também participaram da campanha.
“?#meuamigosecreto achava que eu não podia ir ‘desacompanhada’ ao bar e nem beber, porque eu deveria me dar ao respeito”, afirmou uma internauta em sua rede social.
As mulheres compartilham suas próprias histórias e alertam para a hipocrisia de alguns colegas. “Meu amigo secreto se considera pró-feminista, super militante e adepto do amor livre. Ele coloca camiseta de coletivo feminista e compartilha texto falando que o corpo é da mulher. Aí ele silencia mulher nos espaços, aproveita a militância pra pegar mulher, transa com a companheira bêbada. Só mais um misógino, abusivo e machista de esquerda”, escreveu uma internauta.
Outro lado da moeda
Alguns homens e até mesmo mulheres não gostaram nada da campanha e investiram criando a hashtag #MinhaAmigaSecreta. A campanha tem proposta semelhante e algumas publicações reproduzem o machismo feito por mulheres. A nova campanha chegou aos Trending Topics no Brasil.
“#MinhaAmigaSecreta paga de rica e popular mas não tem nem pra passagem e é mal falada mesmo!”, afirmou uma internauta. “#Minhaamigasecreta se esconde atrás do feminismo, porque tem vergonha de ser mais rodada que o "pião da casa própria”, disse outra.
Em seu Facebook, o escritor Antônio Prata, da Folha de São Paulo, que apoiou recentes campanhas feministas nas redes sociais, questionou a #MeuAmigoSecreto.
"?#PrimeiroAssédio? foi fundamental. ?#AgoraÉQueSãoElas? foi lindo. Agora, esse ?#MeuAmigoSecreto? ...Se você tem uma acusação séria, a Maria da Penha tá aí. Se você tem uma acusação menos séria, vai lá e briga com o cara. Mas ficar nessa delação velada, nesse clima de "A Lava Jato vai te pegar e você sabe que é de você que eu tô falando"... Meio esquisito, não é não?", escreveu.
Imagem: ReproduçãoLuciana Genro também participou da campanha
A frase foi criada no Twitter de forma espontânea, mas logo repercutiu em todas as redes social, marcando assim o Dia Internacional da Não Violência contra as Mulheres, celebrado na quarta (25).
A frase é associada à típica brincadeira de final de ano, o amigo oculto, e expõe atitudes machistas que muitas vezes passam despercebidas. A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e a ex-candidata à Presidência da República, Luciana Genro (PSOL) também participaram da campanha.
“?#meuamigosecreto achava que eu não podia ir ‘desacompanhada’ ao bar e nem beber, porque eu deveria me dar ao respeito”, afirmou uma internauta em sua rede social.
As mulheres compartilham suas próprias histórias e alertam para a hipocrisia de alguns colegas. “Meu amigo secreto se considera pró-feminista, super militante e adepto do amor livre. Ele coloca camiseta de coletivo feminista e compartilha texto falando que o corpo é da mulher. Aí ele silencia mulher nos espaços, aproveita a militância pra pegar mulher, transa com a companheira bêbada. Só mais um misógino, abusivo e machista de esquerda”, escreveu uma internauta.
Outro lado da moeda
Alguns homens e até mesmo mulheres não gostaram nada da campanha e investiram criando a hashtag #MinhaAmigaSecreta. A campanha tem proposta semelhante e algumas publicações reproduzem o machismo feito por mulheres. A nova campanha chegou aos Trending Topics no Brasil.
“#MinhaAmigaSecreta paga de rica e popular mas não tem nem pra passagem e é mal falada mesmo!”, afirmou uma internauta. “#Minhaamigasecreta se esconde atrás do feminismo, porque tem vergonha de ser mais rodada que o "pião da casa própria”, disse outra.
Em seu Facebook, o escritor Antônio Prata, da Folha de São Paulo, que apoiou recentes campanhas feministas nas redes sociais, questionou a #MeuAmigoSecreto.
Imagem: Reprodução/Facebook Clique para ampliarJornalista da Folha de São Paulo afirmou ser contrário à campanha
"?#PrimeiroAssédio? foi fundamental. ?#AgoraÉQueSãoElas? foi lindo. Agora, esse ?#MeuAmigoSecreto? ...Se você tem uma acusação séria, a Maria da Penha tá aí. Se você tem uma acusação menos séria, vai lá e briga com o cara. Mas ficar nessa delação velada, nesse clima de "A Lava Jato vai te pegar e você sabe que é de você que eu tô falando"... Meio esquisito, não é não?", escreveu.
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