Na manhã desta quarta-feira (25), a mãe e o padrasto do menino Ezra, encontrado morto em um freezer em setembro, foram presos pela Interpol na Tanzânia. A Polícia Federal informou que com a prisão, será “iniciado um processo de extradição dos procurados Lee Ann Finck e Mzee Shabani para o Brasil, para que possam ser julgados pelas autoridades brasileiras”.
O casal foi encontrado em Bagamoyo, na região costeira do país. A pedido da Justiça, a Interpol de São Paulo havia inserido o nome dos foragidos na “difusão vermelha”, onde estão o nome de outros foragidos internacionais.
Entenda o caso
No dia 4 de setembro, Esra Liam Joshua Fink, de 7 anos, foi encontrado morto no freezer da casa onde morava com sua mãe, padrasto e duas irmãs, no centro de São Paulo.
Enterro e missa
Durante 25 dias o corpo do garoto ficou no necrotério do Instituto Médico Legal (IML). A demora se deu porque somente parentes próximos da vítima poderiam liberar o corpo e todos vivem na África do Sul.
O vice-cônsul sul-africano Thabo Sedibana liberou o enterro do garoto. A Secretaria de Segurança divulgou em nota que tomou a iniciativa de enterrar o garoto “pois nenhum parente se comprometeu a se responsabilizar pelo corpo”.
Ao ser enterrado, o túmulo de Ezra tinha apenas uma coroa de flores doada pelo IML, com a frase “Descanse em Paz”. A Arquidiocese de São Paulo e Suplicy reclamaram de não ter sido avisados sobre o enterro.
Prisão decretada
No dia 15 de dezembro a Justiça de São Paulo decretou a prisão da mãe e do padrasto da criança. De acordo com uma testemunha, o padrasto confessou por telefone que a mãe do menino “se excedeu e matou a criança e que ela estaria dentro de um freezer. Disse, por fim, antes de desligar o telefone, que fugiram para a África”.
Ao pedir a prisão preventiva, a juíza Ana Helena Rodrigues Mellim justificou dizendo que "os investigados têm em seu poder mais duas crianças de pouca idade e que podem sofrer a mesma absurda violência pela qual passou esse menino antes de ser morto por quem tinha o dever de protegê-lo".
Problemas familiares
Em julho de 2004 o Conselho Tutelar recebeu a denúncia de que o garoto apresentava sinais de espancamento. A mãe afirmou que batia “no intuito de educar, e não machucar”.
Imagem: Reprodução/Tv GloboClique para ampliar
O casal foi encontrado em Bagamoyo, na região costeira do país. A pedido da Justiça, a Interpol de São Paulo havia inserido o nome dos foragidos na “difusão vermelha”, onde estão o nome de outros foragidos internacionais.
Entenda o caso
No dia 4 de setembro, Esra Liam Joshua Fink, de 7 anos, foi encontrado morto no freezer da casa onde morava com sua mãe, padrasto e duas irmãs, no centro de São Paulo.
Imagem: Reproduçã/GlobooCasal flagrado no Aeroporto de Guarulhos com duas filhas
A mãe do menino, Lee Ann Finck, de 29 anos é sul africana e o padrasto, Mzee Shabani, de 27 anos, é tanzaniano. No dia 3 de setembro, câmeras do aeroporto de Guarulhos registraram o casal deixando o país acompanhado das duas filhas. Enterro e missa
Durante 25 dias o corpo do garoto ficou no necrotério do Instituto Médico Legal (IML). A demora se deu porque somente parentes próximos da vítima poderiam liberar o corpo e todos vivem na África do Sul.
O vice-cônsul sul-africano Thabo Sedibana liberou o enterro do garoto. A Secretaria de Segurança divulgou em nota que tomou a iniciativa de enterrar o garoto “pois nenhum parente se comprometeu a se responsabilizar pelo corpo”.
Imagem: Paula Paiva Paulo/G1Integrantes do consulado da África do Sul em São Paulo na missa
No dia 5 de outubro, uma missa em homenagem ao menino foi realizada no cemitério da Vila Formosa. Eduardo Suplicy, secretário de Direitos Humanos, a Arquidiocese de São Paulo, a Pastoral da Menor e representantes do consulado da África do Sul estiveram presentes na missa. Ao ser enterrado, o túmulo de Ezra tinha apenas uma coroa de flores doada pelo IML, com a frase “Descanse em Paz”. A Arquidiocese de São Paulo e Suplicy reclamaram de não ter sido avisados sobre o enterro.
Prisão decretada
No dia 15 de dezembro a Justiça de São Paulo decretou a prisão da mãe e do padrasto da criança. De acordo com uma testemunha, o padrasto confessou por telefone que a mãe do menino “se excedeu e matou a criança e que ela estaria dentro de um freezer. Disse, por fim, antes de desligar o telefone, que fugiram para a África”.
Ao pedir a prisão preventiva, a juíza Ana Helena Rodrigues Mellim justificou dizendo que "os investigados têm em seu poder mais duas crianças de pouca idade e que podem sofrer a mesma absurda violência pela qual passou esse menino antes de ser morto por quem tinha o dever de protegê-lo".
Imagem: Reprodução/Tv GloboFreezer é carregado para dentro do apartamento
No dia 28 de agosto o freezer da loja de doces de Mzee, que ficava no térreo do prédio, foi levado ao apartamento da família. As imagens da câmera de segurança do prédio mostram o freezer sendo carregado e Ezra chegando ao prédio 6 dias antes de ser morto. Problemas familiares
Em julho de 2004 o Conselho Tutelar recebeu a denúncia de que o garoto apresentava sinais de espancamento. A mãe afirmou que batia “no intuito de educar, e não machucar”.
Imagem: Paula Paiva Paulo/G1Prédio onde a família morava em São Paulo
No mesmo ano uma liminar de acolhimento foi concedida e o convívio de Ezra com a família foi suspenso. O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) acompanhou a família por seis meses e foi devolvido à família após pedido da criança.
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