Representantes da mineradora Samarco assumiram que há risco de rompimento nas barragens de Santarém e Germano. A empresa é administrada pela Vale e a anglo-australiana BHP e uma de suas barragens se rompeu no dia 5 de novembro, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais.
Nesta terça-feira (17) o grupo concedeu uma coletiva e Kléber Terra, diretor de operações e infraestrutura da Samarco, afirmou que o fator de segurança na barragem de Santarém é de 1,37 numa escala de 0 a 2. Isso significa uma estabilidade de 37%.
Kléber Terra afirmou que obras emergenciais já estão sendo feitas nas duas barragens e que blocos de rochas já estão sendo colocados de cima para baixo, reforçando a estrutura. As obras podem durar 45 dias na barragem de Germano, na de Santarém a previsão é que durem 90 dias.
Barragem de Santarém
A Samarco voltou atrás e afirmou que a barragem do Fundão foi a única a se romper. De acordo com a mineradora, houve “galgamento” na barragem. Isto significa que ela transbordou com os rejeitos da barragem de Fundão, mas “o maciço remanescente está íntegro mesmo estando parcialmente erodido”.
Em entrevista ao G1, o engenheiro Joaquim Pimenta de Ávila ecplicou que Santarém está com capacidade menor de retenção. “Ela não se rompeu. Para falar que houve rompimento teria que ter levado tudo. Tem muito rejeito lá ainda. Está cheio de lama”, explicou.
Na segunda (16) a mineradora afirmou que haverá uma intervenção definitiva para reparar os danos para a escolha da melhor alternativa.
A barragem Germano tem tricas decorrentes do rompimento da barragem de Fundão, segundo a Samarco. “A estrutura principal da barragem de Germano está preservada. As estruturas auxiliares e as trincas observadas, decorrentes do rebaixamento do reservatório de Fundão, estão sendo monitoradas de maneira intensa e permanente”.
“Todas as estruturas estão sendo monitoradas em tempo real por meio de radares e inspeções diárias são realizadas pela equipe técnica da empresa. Além disso, estão sendo utilizados drones, escaneamento a laser e a instrumentação geotécnica existente para a avaliação técnica, sendo que para a barragem de Germano, as leituras são automatizadas com aquisição de dados online”, diz a nota.
Nesta terça-feira (17) o grupo concedeu uma coletiva e Kléber Terra, diretor de operações e infraestrutura da Samarco, afirmou que o fator de segurança na barragem de Santarém é de 1,37 numa escala de 0 a 2. Isso significa uma estabilidade de 37%.
Imagem: Ricardo Moraes/ReutersMariana após o rompimento das barragens
O diretor disse ainda que na barragem de Germano, o dique Selinha tem índice de 1,22, o menor em todo complexo. Em outra ocasião, a mineradora já havia informado que o fator de 1,00 significa que a estrutura está no seu limite de equilíbrio.Kléber Terra afirmou que obras emergenciais já estão sendo feitas nas duas barragens e que blocos de rochas já estão sendo colocados de cima para baixo, reforçando a estrutura. As obras podem durar 45 dias na barragem de Germano, na de Santarém a previsão é que durem 90 dias.
Imagem: Ricardo Moraes/Reuters Mar de lama
A mineradora garante que o corpo principal – maciço – está preservado, mas há danos no ponto mais alto – crista – e em parte da estrutura do vertedouro, estrutura que permite a saída de água. Barragem de Santarém
A Samarco voltou atrás e afirmou que a barragem do Fundão foi a única a se romper. De acordo com a mineradora, houve “galgamento” na barragem. Isto significa que ela transbordou com os rejeitos da barragem de Fundão, mas “o maciço remanescente está íntegro mesmo estando parcialmente erodido”.
Em entrevista ao G1, o engenheiro Joaquim Pimenta de Ávila ecplicou que Santarém está com capacidade menor de retenção. “Ela não se rompeu. Para falar que houve rompimento teria que ter levado tudo. Tem muito rejeito lá ainda. Está cheio de lama”, explicou.
Na segunda (16) a mineradora afirmou que haverá uma intervenção definitiva para reparar os danos para a escolha da melhor alternativa.
A barragem Germano tem tricas decorrentes do rompimento da barragem de Fundão, segundo a Samarco. “A estrutura principal da barragem de Germano está preservada. As estruturas auxiliares e as trincas observadas, decorrentes do rebaixamento do reservatório de Fundão, estão sendo monitoradas de maneira intensa e permanente”.
Imagem: Leonardo Merçon/ Instituto Últimos Refúgios"O rio vai ficar estéril, vai haver um extermínio da vida do rio mais importante do estado"
A empresa afirma que todas as obras de emergência para prevenir o rompimento das barragens já foram iniciadas.“Todas as estruturas estão sendo monitoradas em tempo real por meio de radares e inspeções diárias são realizadas pela equipe técnica da empresa. Além disso, estão sendo utilizados drones, escaneamento a laser e a instrumentação geotécnica existente para a avaliação técnica, sendo que para a barragem de Germano, as leituras são automatizadas com aquisição de dados online”, diz a nota.
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