A mineradora Samarco deverá ser responsabilizada pelo rompimento das duas barragens na região de Mariana, em Minas Gerais. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) aplicará uma multa de cerca de R$ 250 milhões à mineradora.
A presidente Dilma Rousseff e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, determinaram uma multa rígida e as indenizações por danos materiais, ambientais e humanos devem atingir a casa do bilhão.
Nesta quinta-feira (12), Dilma sobrevoou a área devastada pro um “mar de lama”, que causou a morte de pelo menos seis pessoas e o desaparecimento de 19. Cerca de 600 pessoas estão desalojadas após a tragédia.
Anterior à visita da presidente, os ministros Gilberto Occhi (Integração Nacional) e Nilma Lino Gomes (Direitos Humanos) visitaram o local, mas não anunciaram nenhuma medida.
Na quarta-feira os executivos da Vale e da BHP, donos da Samarco, anunciaram a criação de um fundo de assistência às vítimas da tragédia e ao meio ambiente.
Mar de lama
Na quinta-feira (5), duas barragens se romperam em Bento Rodrigues, em Mariana. O mar de lama que saiu do local atingiu rios e cidades vizinhas e até do Espírito Santo.
O governo federal decretou estado de emergência na região quando a lama atingiu Colatina (ES), nesta quarta (11). Nesta quinta (12) o governo de Espírito Santo pediu intervenção do Exército e do Ministério da Integração para enfrentar os problemas.
A lama e os rejeitos de mineração se deslocam pelos rios e deve atingir os municípios de Baixo Guando, Colatina e Linhares no próximo sábado (14). Cerca de 280 mil habitantes ficarão sem água por conta da alta concentração de lama no rio Doce.
Catástrofe ambiental
O fotógrafo e ambientalista Leonardo Merçon, do Instituto Últimos Refúgios, registrou a situação do Rio Doce após a passagem da lama das barragens rompidas em Mariana. . “Foi difícil fotografar com os olhos cheios de lágrima”, disse Merçon.
“Quando chegamos lá, vimos os peixes sufocando na superfície e, quando a gente chegou mais perto, conseguimos ver que não eram só os peixes maiores, eram os caramujos, os camarões tentando subir nas pedras, que estavam muito quentes. Mas eles preferiam subir a ficar naquela água, que eu não faço a mínima ideia do que tem nela. Está matando tudo, desde os maiores peixes aos micro-organismos. O rio vai ficar estéril, vai haver um extermínio da vida do rio mais importante do estado”, afirmou.
Imagem: GoogleMariana antes da tragédia
A presidente Dilma Rousseff e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, determinaram uma multa rígida e as indenizações por danos materiais, ambientais e humanos devem atingir a casa do bilhão.
Imagem: Ricardo Moraes/ReutersMariana após o rompimento das barragens
Nesta quinta-feira (12), Dilma sobrevoou a área devastada pro um “mar de lama”, que causou a morte de pelo menos seis pessoas e o desaparecimento de 19. Cerca de 600 pessoas estão desalojadas após a tragédia.
Imagem: DivulgaçãoDilma sobrevoa a área devastada pelo mar de lama
Anterior à visita da presidente, os ministros Gilberto Occhi (Integração Nacional) e Nilma Lino Gomes (Direitos Humanos) visitaram o local, mas não anunciaram nenhuma medida.
Na quarta-feira os executivos da Vale e da BHP, donos da Samarco, anunciaram a criação de um fundo de assistência às vítimas da tragédia e ao meio ambiente.
Mar de lama
Na quinta-feira (5), duas barragens se romperam em Bento Rodrigues, em Mariana. O mar de lama que saiu do local atingiu rios e cidades vizinhas e até do Espírito Santo.
Imagem: Ricardo Moraes/Reuters Mar de lama
O governo federal decretou estado de emergência na região quando a lama atingiu Colatina (ES), nesta quarta (11). Nesta quinta (12) o governo de Espírito Santo pediu intervenção do Exército e do Ministério da Integração para enfrentar os problemas.
A lama e os rejeitos de mineração se deslocam pelos rios e deve atingir os municípios de Baixo Guando, Colatina e Linhares no próximo sábado (14). Cerca de 280 mil habitantes ficarão sem água por conta da alta concentração de lama no rio Doce.
Catástrofe ambiental
Imagem: Leonardo Merçon/ Instituto Últimos Refúgios"Não eram só os peixes maiores, eram os caramujos, os camarões tentando subir nas pedras, que estavam muito quentes. Mas eles preferiam subir a ficar naquela água"
O fotógrafo e ambientalista Leonardo Merçon, do Instituto Últimos Refúgios, registrou a situação do Rio Doce após a passagem da lama das barragens rompidas em Mariana. . “Foi difícil fotografar com os olhos cheios de lágrima”, disse Merçon.
Imagem: Leonardo Merçon/ Instituto Últimos Refúgios"O rio vai ficar estéril, vai haver um extermínio da vida do rio mais importante do estado"
“Quando chegamos lá, vimos os peixes sufocando na superfície e, quando a gente chegou mais perto, conseguimos ver que não eram só os peixes maiores, eram os caramujos, os camarões tentando subir nas pedras, que estavam muito quentes. Mas eles preferiam subir a ficar naquela água, que eu não faço a mínima ideia do que tem nela. Está matando tudo, desde os maiores peixes aos micro-organismos. O rio vai ficar estéril, vai haver um extermínio da vida do rio mais importante do estado”, afirmou.
Imagem: Leonardo Merçon/ Instituto Últimos Refúgios"Foi difícil fotografar com os olhos cheios de lágrima"
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