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Rio 2016: plano de segurança ainda não saiu do papel

Nos jogos Pan-Americanos em 20017 no Rio, o plano de segurança também atrasou e custou 174 milhões de reais aos cofres públicos.

O plano de segurança para os jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em 2016, terá a participação de 85 mil policiais militares e colaboração entre ministérios, secretarias e uma central antiterrorismo. As autoridades afirmaram que seria “o maior esquema jamais visto na história do país”.
Imagem: GettyRio 2016: plano de segurança ainda não saiu do papel(Imagem:Getty)Rio 2016: plano de segurança ainda não saiu do papel

A cidade teve sete anos para se preparar para as Olimpíadas, mas o plano de segurança que parece perfeito terá arranjos de última hora e atrasos. Segundo reportagem da Veja, apenas agora, a nove meses dos Jogos, uma empresa começará a definir o Projeto de Segurança Eletrônica das Instalações.

Esta parte do projeto é responsável pela colocação de câmeras, sensores e alarmes para monitorar a estrutura olímpica e tem um prazo de três meses para conclusão. Após essa etapa, inicia-se a compra de equipamentos, testes operacionais e treinamento de pessoal.

Por conta do pouco tempo, é possível que os fornecedores sejam escolhidos sem licitação, o que resulta em um custo mais alto. Um integrante da alta cúpula na Olimpíada de Londres em 2012 disse a Veja: “É no mínimo uma irresponsabilidade”.

Em Londres, um ano antes dos Jogos já haviam instalado e testado os equipamentos. O desenho do plano do Rio está nas mãos de uma empresa portuguesa, a Eace, que venceu uma licitação em outubro. A empresa deverá projetar uma estrutura de câmeras e alarmes em 49 instalações e segundo um especialista em segurança, “Quanto mais perto da Olimpíada, mais caro fica”.

Pan-Americanos do Rio – 2007

O atraso está presente nos grandes eventos brasileiros. O país tinha cinco anos para organizar os jogos Pan-Americanos em 2007, mas apenas cinco meses antes da abertura é que a Secretaria Nacional de Segurança Pública aprovou a compra de equipamentos.

Sem licitação por falta de tempo, os equipamentos custaram 174 milhões de reais aos cortes públicos. Posteriormente o Ministério Público Federal instaurou ação pública contra Luiz Fernando Corrêa, ex-secretário de Segurança do governo Lula, que assinou o contrato. Uma perícia constatou superfaturamento de 18 milhões de reais na transação.

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