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O PT e o loteamento dos cargos públicos

Artigo do servidor federal aposentado de Balneário Camboriú, Júlio César Cardoso.

Aproveito a notícia veiculada no jornal Campo Grande News acerca da nomeação de cinco nomes indicados pelo PT para o governo de Mato Grosso do Sul, para fazer alguns comentários.

O país é submisso aos interesses políticos e por isso continua sendo mal administrado. Vejam só a política fisiologista do toma lá, dá cá, funcionando a todo vapor, em que um governo eleito tem de distribuir cargos entre os partidos que lhe deram apoio. Isso é uma vergonha, uma velha prática indecente que enxovalha a seriedade de nossa política.


Pois bem, o Brasil não tem jeito! A corriola política avacalha o país. Só tem abutre para tirar proveito da coisa pública. O loteamento político dos cargos na administração pública sempre foi uma vergonha e jamais vai acabar. Por isso, com a experiência de muitos anos assistindo à ebulição política nacional, não tenho dúvida de afirmar que votar em político é perda de tempo, é dar emprego a oportunistas, enquanto você, eleitor, pode estar e vai continuar desempregado.

Mesmo que você não escolha ninguém, como contribuinte, continua com o mesmo direito de contestar a atuação de qualquer político mequetrefe ou sacripanta. Por outro lado, sou a favor da candidatura avulsa, sem vinculação partidária, pois não existem, no país, partidos políticos, mas sim um cipoal de siglas partidárias, minado de políticos puladores de galho (de partidos), que não professam a mesma ideologia partidária.

Enquanto os políticos e apadrinhados estão preocupados com o loteamento dos cargos públicos, o estado de miserabilidade do país continua crônico, devido à incompetência, omissão, negligência e falta de projetos positivos de longo prazo de todos os governos, que não se envergonham de apresentar apenas medidas paliativas de cunho eleitoreiro - tipo bolsa esmola, auxílios temporários os mais diversos, etc. -, e não arrostam os problemas sociais pelo menos para reduzir a pobreza extrema de milhões de brasileiros.

Nenhum presidente da República teve até hoje como meta prioritária erradicar a pobreza extrema do país. Todos só enganam a nação com promessas de fazer e depois encerram o mandato sem ter apresentado resultados positivos na vida de milhões de descamisados, que continuam a comer o pão que o diabo amassou.

O que hoje é denunciado, por exemplo, em Roraima, onde indígenas Yanomami, desnutridos e doentes, comovem qualquer vivente, também existe em todo quadrante nacional à vista dos políticos, prefeitos, governadores e presidentes da República. Não é leal, no entanto, debitar agora as mazelas do país ao ex-presidente negacionista e fujão Jair Bolsonaro.

O governo do PT passou mais de treze anos no poder e foi incapaz de erradicar ou minimizar a situação de pobreza extrema de miríades de brasileiros humildes. Se tivesse implementado medidas consistentes de longo prazo objetivando atacar e corrigir as causas da indigência no país, não veríamos hoje a mesma situação de penúria em que milhões de irmãos brasileiros deserdados continuam mergulhados.

O discurso de críticas ao governo passado é procedente, mas não se pode esquecer que o PT, em mais de treze de anos de governo, deixou o país à beira da bancarrota, com mais de treze milhões de desempregados, empresas quebradas, inflação alta, descrédito na comunidade financeira internacional e a Petrobras saqueada.

Júlio César Cardoso

Servidor federal aposentado

Balneário Camboriú-SC

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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