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  • Foto: DivulgaçãoJúlio César CardosoJúlio César Cardoso

O professor Valdemar Gomes, 47 anos, fundador do cursinho popular PUC-SP morre por coronavírus antes de receber o seu diploma de doutorado em Ciências Humanas e Sociais pela UFABC.

O professor não tinha comorbidade para ser considerado da área de risco para o coronavírus. Contraiu a doença, usou CLOROQUINA no hospital e o remédio teve efeito colateral, levando-o a óbito. E aí, presidente Bolsonaro! O seu remédio mágico, defendido com unhas e dentes, é uma faca de dois gumes.


É preciso muito equilíbrio e responsabilidade diante de um vírus devastador ao recomendar o uso de uma droga, não comprovadamente eficaz contra o coronavírus, que poderá ter efeito contrário, ou seja, levar o indivíduo a óbito.

Ignorar a ciência, as opiniões abalizadas da comunidade científica da área médica e partir quixotescamente para soluções caseiras, tudo isso só serve para confortar o ego de pessoa psicológica e emocionalmente perturbada.

O presidente da República ao se posicionar favorável ao uso de CLOROQUINA age por impulsos de cunho político na tentativa de salvar sua imagem arranhada por seus atos e palavras de incentivo à quebra das regras de precaução no combate mundial à expansão da Covid-19.

“Valdemar começou a ter um pouco de febre no dia 18 de março e foi à UPA de Itaquera, onde viu que o pulmão não estava afetado e recebeu medicamentos. Três dias depois, a febre persistiu e ele voltou ao médico. Desta vez, em vez de anti-inflamatório e antitérmico, foi receitado com antibiótico. Os sintomas melhoraram, mas na quinta-feira da semana passada o professor desmaiou, retornou ao hospital e ficou internado.

A falta de ar piorou na sexta, e o cateter nasal passou a ser utilizado. No sábado, Lidia foi chamada ao hospital e autorizou o uso de cloroquina no marido. Porém, o medicamento deu efeito colateral e Valdemar precisou tomar um remédio para desacelerar o coração. No domingo, ele foi transferido para o Emílio Ribas e aparentava estar mais tranquilo. "Saí às 18h do hospital, ele estava respirando só com máscara. Às 20h, me ligaram para avisar que ele tinha falecido depois de uma parada respiratória", diz Lidia.” – Fonte: Estadão.

Júlio César Cardoso

Servidor federal aposentado

Balneário Camboriú-SC

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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