*Júlio César Cardoso
Imagem: DivulgaçãoJúlio César Cardoso
O Rio Grade do Sul, para nunca mais o eleitor se equivocar, deve conhecer melhor a história política do deputado federal Marco Maia (PT-RS). Pois bem, certa feita o jornal espanhol El País declarou que ser político no Brasil é um grande negócio – uma dádiva caída do céu – para oportunistas políticos, tendo em vista as vantagens auferidas. Lênin, magistralmente esculpiu esta pérola: “Onde termina a política começa a trapaça”. E de trapaceiros políticos Brasil está cheio.
Veja só, em meados da década de 80, o gaúcho Marco Maia era um simples torneiro mecânico, igual ao Lula, e, já alimentando recôndito entrar para a política, foi para militância sindical “defender os interesses de trabalhadores”, onde não encontrou dificuldade para se eleger deputado federal e agir da mesma forma que os demais corruptos.
Impressiona como pessoas sabem tirar proveito da coisa pública ou dos cargos que exercem e, sem nenhum escrúpulo, fazem do mandato passaporte para negociatas.
Impressiona também a quantidade de ex-torneiros mecânicos e bancários, que foram para os sindicatos como trampolim para vida parlamentar, chegando alguns à titularidade de ministérios, como é o caso do ex-ministro do Planejamento dos governos Lula e Dilma, Paulo Bernardo, desmascarado nas revelações de Alexandre Romano à Justiça, que lhe renderam uma prisão temporária e indisponibilidade de bens.
O deputado Marco Maia que até então afirmava não ser proprietário de imóvel em Miami, de 163 metros quadrados, com três quartos e dois banheiros, ao custo de 671 mil dólares, agora se trumbicou. Preso, Alexandre Romano resolveu colaborar com a Justiça. Desmontou um esquema de corrupção que desviou 100 milhões de reais de funcionários públicos e aposentados, que contraíam empréstimos consignados. E revelou relação rentável com Marco Maia e outros petistas, como o próprio ex-ministro Paulo Bernardo e sua mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (SC), e também com o ex-ministro da Previdência Carlos Gabas, o deputado José Guimarães (CE) e o tesoureiro do PT Paulo Ferreira.
Chambinho, como Romano era conhecido, na verdade atuava como ligação entre os petistas e os empresários interessados em obter vantagens na máquina pública. Em troca cobrava “comissões”, que eram repassadas aos companheiros do PT em malas ou, no caso de Merco Maia, transformadas em imóvel no exterior. Que vergonha!
O deputado Marco Maia gosta de desfrutar das benesses da Ilha da Fantasia Brasília. O deputado já é velho conhecido de denúncias por tirar proveito do cargo que exerce. Aliás, não se sabe por que até hoje o parlamentar ainda não teve o seu mandato cassado (mas o PT quer cassar Bolsonaro, que não é corrupto), pois os motivos são vários, por exemplo, se não fosse denúncia da mídia, ele teria viajado com o seu filho à Espanha para assistir a jogo do Real Madrid contra o Barcelona à custa do Erário, simulando tratar-se de viagem em missão oficial; usou avião e helicóptero da Uniair, empresa de transporte aéreo da Unimed, para ir a eventos do PT nas cidades gaúchas de Erechim e Gramado. A notícia foi dada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" em 26.08.2011. Em 04.06.2011 o deputado havia feito outra viagem em avião particular, para assistir a jogo da seleção brasileira em Goiânia, afirmou o jornal.
O cidadão de bem, que não exerce atividade política, estuda e rala para se estabelecer com dignidade no mercado de trabalho e tudo é declarado em seu Imposto de Renda. Mas os políticos tortuosos, em sua solércia de viver, têm aviões, carros importados e apartamentos no exterior, omitidos do fisco. Ou seja, é vasto o luxo que o dinheiro roubado proporciona aos políticos desonestos.
*Júlio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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