*Júlio César Cardoso
Chamou-me atenção a detenção de Othon Luiz Pinheiro da Silva, almirante aposentado e ex-diretor-presidente da Eletronuclear, sob a acusação de ter embolsado propina de R$ 4,5 milhões de empreiteiros investigados na Operação Lava-Jato. Ele foi preso temporariamente na 16ª fase da operação, batizada de Radioatividade.
A gente fica perplexo ao se deparar com o envolvimento em falcatruas de cidadãos de status cultural elevado, que transparecem honradez, com situação econômico-financeira bem definida, mas que na realidade não passam de impostores. Será que esses cidadãos não se importam com a péssima reputação que os seus procedimentos possam causar na sua imagem, repercutindo negativamente em suas famílias e no meio social em que vivem?
O assalto aos cofres da União, agora de conhecimento público, é uma denúncia que partiu de um corrupto, Roberto Jefferson, no episódio do mensalão. É graças a ele que a mídia nacional operosa se especializou em investigar o mundo subterrâneo de nossa política e pôde mostrar aos brasileiros a sujeira que impede o desenvolvimento do país.
Enquanto indivíduos indignos larapiam a nação, falta educação de qualidade para todos, o pobre não tem direito ao sistema público de saúde de dignidade humana, os contribuintes nacionais, além de serem assaltados com altos impostos pelo governo, não têm serviços de segurança pública que lhe garantam a sua liberdade, a sua integridade física de ir e vir sem ser molestado, bem como de estar em paz com a sua família em seus lares, porque o dinheiro dos brasileiros é desviado, inescrupulosamente, para manter a orgia de políticos e de indivíduos corruptos, como muito bem demonstra o escândalo do petrolão.
Ninguém é infalível, e o juiz Sérgio Moro pode até errar por excesso profissional em cumprimento corajoso ao seu dever de ofício, mas a sua atuação denodada tem convocado às barras da Justiça muitos que se consideravam acima da lei e que hoje, embaraçados com a determinação firme do magistrado, só encontram apoio em suas bem-remuneradas bancas advocatícias ou na claque governamental que não aceita ver os seus mandarins punidos.
Assim como o ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, desafiou internamente alguns de seus pares, os quais tentaram desqualificar os crimes praticados pela quadrilha do mensalão, da mesma forma o respeitável juiz Sérgio Moro sofre ataques injustos do governo e daqueles que veem os seus interesses prejudicados.
*Júlio César Cardoso é Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Imagem: GP1Júlio César Cardoso
Chamou-me atenção a detenção de Othon Luiz Pinheiro da Silva, almirante aposentado e ex-diretor-presidente da Eletronuclear, sob a acusação de ter embolsado propina de R$ 4,5 milhões de empreiteiros investigados na Operação Lava-Jato. Ele foi preso temporariamente na 16ª fase da operação, batizada de Radioatividade.
A gente fica perplexo ao se deparar com o envolvimento em falcatruas de cidadãos de status cultural elevado, que transparecem honradez, com situação econômico-financeira bem definida, mas que na realidade não passam de impostores. Será que esses cidadãos não se importam com a péssima reputação que os seus procedimentos possam causar na sua imagem, repercutindo negativamente em suas famílias e no meio social em que vivem?
O assalto aos cofres da União, agora de conhecimento público, é uma denúncia que partiu de um corrupto, Roberto Jefferson, no episódio do mensalão. É graças a ele que a mídia nacional operosa se especializou em investigar o mundo subterrâneo de nossa política e pôde mostrar aos brasileiros a sujeira que impede o desenvolvimento do país.
Enquanto indivíduos indignos larapiam a nação, falta educação de qualidade para todos, o pobre não tem direito ao sistema público de saúde de dignidade humana, os contribuintes nacionais, além de serem assaltados com altos impostos pelo governo, não têm serviços de segurança pública que lhe garantam a sua liberdade, a sua integridade física de ir e vir sem ser molestado, bem como de estar em paz com a sua família em seus lares, porque o dinheiro dos brasileiros é desviado, inescrupulosamente, para manter a orgia de políticos e de indivíduos corruptos, como muito bem demonstra o escândalo do petrolão.
Ninguém é infalível, e o juiz Sérgio Moro pode até errar por excesso profissional em cumprimento corajoso ao seu dever de ofício, mas a sua atuação denodada tem convocado às barras da Justiça muitos que se consideravam acima da lei e que hoje, embaraçados com a determinação firme do magistrado, só encontram apoio em suas bem-remuneradas bancas advocatícias ou na claque governamental que não aceita ver os seus mandarins punidos.
Assim como o ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, desafiou internamente alguns de seus pares, os quais tentaram desqualificar os crimes praticados pela quadrilha do mensalão, da mesma forma o respeitável juiz Sérgio Moro sofre ataques injustos do governo e daqueles que veem os seus interesses prejudicados.
*Júlio César Cardoso é Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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