*Arthur Teixeira Júnior
Não havia mais vagas no estacionamento do supermercado. Pudera: vários carros ocupavam duas ou mais vagas simultaneamente.
No bar da piscina da AABB, o cliente da mesa ao lado retira da mochila um poderoso aparelho de som e todos começaram a escutar, compulsoriamente e em altíssimo volume, uma música a qual não consegui identificar o ritmo.
Testemunho, no banheiro masculino do Teatro 4 de Setembro, um espectador urinando ostensivamente nas paredes do sanitário.
Um forte cheiro de fumaça de cigarro impregnava o ambiente naquele restaurante da moda, na zona leste.
Na escolinha frequentada por Breno, meu filho, um pai de aluno estaciona seu veículo diariamente sobre a calçada para desembarcar seu filho, enquanto outro aluno, pasmem, leva sua bicicleta à escola e fica realizando acrobacias no pátio enquanto não começam as aulas.
O problema em nossa sociedade não é a falta de leis, regulamentos ou mesmo orientações. Tampouco falta de polícia ou meios repressivos. Não está em um Judiciário amarrado em Leis ultrapassadas.
É sim falta de educação. Nosso problema não é institucional: é moral!
Aqueles palermas que transgredem regras básicas, simples, geralmente o fazem na companhia dos filhos, imaturos, dando o exemplo que certamente será seguido e ampliado.
A criança cresce vendo os pais ignorarem qualquer regulamento social. Quando jovem, não burlará mais regras, mas sim a própria Lei.
Se posso estacionar em fila dupla, ocupando duas ou mais vagas simultaneamente, se posso furar a fila ou desrespeitar regulamentações estabelecidas, por que não posso apropriar-me daquilo que tenho vontade ou eliminar quem me incomoda? O que é público é de todos, portanto não tem dono, então é meu! É a filosofia dominante nos corruptos e demais bandidos. Filosofia esta assumida desde a tenra infância.
A criança aprende que devemos seguir as regras e Leis somente se nos beneficiam e, quando não, só servem aos outros.
Confesso minha incompetência, pois ignoro qualquer mecanismo ou procedimento que reverta esta situação. Uma mudança na filosofia comportamental adotada hoje, somente trará frutos daqui a uma ou duas gerações. Esta mudança não seria na educação escolar. A escola não tem obrigação de educar, e sim de ensinar. Quem teria esta obrigação de educar seria a família.
Para não deixar de registrar: aqui no Condomínio, correu o boato que haveria morador ou empregado agarrando moradoras (e vice versa) nas escadarias do prédio, desprovidas das eficientíssimas câmeras de vigilância que tudo veem e registram.
Meu consultor, que se vangloria de aqui morar desde criancinha, esclarece que trata-se de um mal entendido: o agarra e pega é consensual. Seria em verdade uma versão genérica da loira de farmácia com altíssimo Q.I. que agarra os meninotes nos elevadores.
*Arthur Teixeira Júnior é colaborador
Imagem: GP1Arthur Teixeira Júnior
Não havia mais vagas no estacionamento do supermercado. Pudera: vários carros ocupavam duas ou mais vagas simultaneamente.
No bar da piscina da AABB, o cliente da mesa ao lado retira da mochila um poderoso aparelho de som e todos começaram a escutar, compulsoriamente e em altíssimo volume, uma música a qual não consegui identificar o ritmo.
Testemunho, no banheiro masculino do Teatro 4 de Setembro, um espectador urinando ostensivamente nas paredes do sanitário.
Um forte cheiro de fumaça de cigarro impregnava o ambiente naquele restaurante da moda, na zona leste.
Na escolinha frequentada por Breno, meu filho, um pai de aluno estaciona seu veículo diariamente sobre a calçada para desembarcar seu filho, enquanto outro aluno, pasmem, leva sua bicicleta à escola e fica realizando acrobacias no pátio enquanto não começam as aulas.
O problema em nossa sociedade não é a falta de leis, regulamentos ou mesmo orientações. Tampouco falta de polícia ou meios repressivos. Não está em um Judiciário amarrado em Leis ultrapassadas.
É sim falta de educação. Nosso problema não é institucional: é moral!
Aqueles palermas que transgredem regras básicas, simples, geralmente o fazem na companhia dos filhos, imaturos, dando o exemplo que certamente será seguido e ampliado.
A criança cresce vendo os pais ignorarem qualquer regulamento social. Quando jovem, não burlará mais regras, mas sim a própria Lei.
Se posso estacionar em fila dupla, ocupando duas ou mais vagas simultaneamente, se posso furar a fila ou desrespeitar regulamentações estabelecidas, por que não posso apropriar-me daquilo que tenho vontade ou eliminar quem me incomoda? O que é público é de todos, portanto não tem dono, então é meu! É a filosofia dominante nos corruptos e demais bandidos. Filosofia esta assumida desde a tenra infância.
A criança aprende que devemos seguir as regras e Leis somente se nos beneficiam e, quando não, só servem aos outros.
Confesso minha incompetência, pois ignoro qualquer mecanismo ou procedimento que reverta esta situação. Uma mudança na filosofia comportamental adotada hoje, somente trará frutos daqui a uma ou duas gerações. Esta mudança não seria na educação escolar. A escola não tem obrigação de educar, e sim de ensinar. Quem teria esta obrigação de educar seria a família.
Para não deixar de registrar: aqui no Condomínio, correu o boato que haveria morador ou empregado agarrando moradoras (e vice versa) nas escadarias do prédio, desprovidas das eficientíssimas câmeras de vigilância que tudo veem e registram.
Meu consultor, que se vangloria de aqui morar desde criancinha, esclarece que trata-se de um mal entendido: o agarra e pega é consensual. Seria em verdade uma versão genérica da loira de farmácia com altíssimo Q.I. que agarra os meninotes nos elevadores.
*Arthur Teixeira Júnior é colaborador
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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