*Júlio César Cardoso
Os aloprados petistas e políticos da base de apoio, que bradam ser golpe democrático o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, não podem se comportar como parvajolas e nem se esquecer de que a medida amarga é plenamente constitucional.
O PT e o PCdoB têm comportamentos antagônicos ao tratar matéria da mesma natureza. Vejamos a reportagem da Agência Senado e Assessoria de Imprensa acerca de pronunciamento da senadora gaúcha Ana Amélia (PP).
“Na tribuna do Senado, nesta quarta-feira (9), a senadora Ana Amélia (PP-RS) enfatizou que a análise do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff não é golpe. A parlamentar gaúcha lembrou que aqueles que hoje classificam como golpista o processo sob análise do Congresso, em 1999 defendiam o afastamento de Fernando Henrique Cardoso da Presidência.
Ana Amélia exibiu uma fotografia de 1999, em que líderes do PT e do PCdoB entregavam ao então presidente da Câmara dos Deputados, hoje vice-presidente, Michel Temer (PMDB), as ações pedindo o impeachment de FHC. A justificativa era que o ex-presidente havia cometido estelionato eleitoral, na campanha do ano anterior.
— Quem hoje diz que impeachment é golpismo, em 1999 fez a mesma coisa. Agora é golpe? E, em 1999, não? — questionou a senadora.
A parlamentar gaúcha ressaltou que o impeachment é um procedimento previsto na Constituição e, por isso, quem o defende não pode ser chamado de golpista. Ana Amélia lembrou que a disputa faz parte do jogo democrático e comemorou o fato de as instituições estarem funcionando normalmente neste período conturbado.
— As instituições de nosso país demonstram que são fortes. E mais fortes ficarão quando esse pedido de impeachment for votado, dentro da lei e da legalidade, como está na Constituição — declarou.
A parlamentar ainda comparou a situação do Brasil ao Paraguai, que em 2012 teve o impeachment do então presidente Fernando Lugo. A senadora lembrou que o processo transcorreu sem traumas no país vizinho, dentro das normas constitucionais. Atualmente, o Paraguai tem previsão de crescimento de 4% e inflação na casa também dos 4%, enquanto o desemprego está em torno de 7%.
— O Brasil, de fato, não é o Paraguai — exclamou.”
Concordar com as pedaladas fiscais, reprovadas pela unanimidade dos ministros do TCU, equivale a considerar legítima uma fora da lei que subverteu as regras, como Robin Hood, para “ajudar” os pobres do Bolsa-Família e do Minha Casa Minha Vida, mas cujos objetivos especiosos e imediatos eram abiscoitar votos para sua reeleição.
Assim, chama a atenção, além do papelão dos juristas petistas, que foram agasalhar a presidente da República, a solidariedade esfuziante demonstrada por alguns governadores e prefeitos.
*Júlio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC
Imagem: DivulgaçãoJúlio César Cardoso
O PT e o PCdoB já defenderam o afastamento de FHC, por que agora agem de forma hipócrita ao contestar o impeachment contra Dilma Rousseff.Os aloprados petistas e políticos da base de apoio, que bradam ser golpe democrático o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, não podem se comportar como parvajolas e nem se esquecer de que a medida amarga é plenamente constitucional.
O PT e o PCdoB têm comportamentos antagônicos ao tratar matéria da mesma natureza. Vejamos a reportagem da Agência Senado e Assessoria de Imprensa acerca de pronunciamento da senadora gaúcha Ana Amélia (PP).
“Na tribuna do Senado, nesta quarta-feira (9), a senadora Ana Amélia (PP-RS) enfatizou que a análise do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff não é golpe. A parlamentar gaúcha lembrou que aqueles que hoje classificam como golpista o processo sob análise do Congresso, em 1999 defendiam o afastamento de Fernando Henrique Cardoso da Presidência.
Ana Amélia exibiu uma fotografia de 1999, em que líderes do PT e do PCdoB entregavam ao então presidente da Câmara dos Deputados, hoje vice-presidente, Michel Temer (PMDB), as ações pedindo o impeachment de FHC. A justificativa era que o ex-presidente havia cometido estelionato eleitoral, na campanha do ano anterior.
— Quem hoje diz que impeachment é golpismo, em 1999 fez a mesma coisa. Agora é golpe? E, em 1999, não? — questionou a senadora.
A parlamentar gaúcha ressaltou que o impeachment é um procedimento previsto na Constituição e, por isso, quem o defende não pode ser chamado de golpista. Ana Amélia lembrou que a disputa faz parte do jogo democrático e comemorou o fato de as instituições estarem funcionando normalmente neste período conturbado.
— As instituições de nosso país demonstram que são fortes. E mais fortes ficarão quando esse pedido de impeachment for votado, dentro da lei e da legalidade, como está na Constituição — declarou.
A parlamentar ainda comparou a situação do Brasil ao Paraguai, que em 2012 teve o impeachment do então presidente Fernando Lugo. A senadora lembrou que o processo transcorreu sem traumas no país vizinho, dentro das normas constitucionais. Atualmente, o Paraguai tem previsão de crescimento de 4% e inflação na casa também dos 4%, enquanto o desemprego está em torno de 7%.
— O Brasil, de fato, não é o Paraguai — exclamou.”
Concordar com as pedaladas fiscais, reprovadas pela unanimidade dos ministros do TCU, equivale a considerar legítima uma fora da lei que subverteu as regras, como Robin Hood, para “ajudar” os pobres do Bolsa-Família e do Minha Casa Minha Vida, mas cujos objetivos especiosos e imediatos eram abiscoitar votos para sua reeleição.
Assim, chama a atenção, além do papelão dos juristas petistas, que foram agasalhar a presidente da República, a solidariedade esfuziante demonstrada por alguns governadores e prefeitos.
*Júlio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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