Imagem: GP1Júlio César Cardoso
A irracionalidade humana é uma manifestação consciente brutal que não se observa nos seres considerados irracionais. Quando um animal selvagem pratica ações abruptas diante de nossos olhos, matando e dilacerando uma presa, ou contra nós, investindo furiosamente, ele, no primeiro caso, está defendendo o seu território ou praticando a caça alimentar, enquanto no segundo caso, o animal está defendo o seu território ou reagindo a uma agressão externa.
Deu para entender a metafísica do raciocínio? O animal por instinto selvagem se defende de todas as formas, mas o homem traz recôndito o seu instinto atávico pré-histórico, independente de seu atual estado de sociabilidade. Em suma, o homem é o pior dos animais.
Todavia, as ações excessivas do homem, dito civilizado, fazem parte de um contexto mais complexo da sociedade em que vive. Mesmo em países considerados de Primeiro Mundo, com educação primordial, encontram-se notícias de atos irracionais praticados por seus habitantes.
E analisando a nossa paróquia brasileira, em que a violência com mortes bárbaras parece sem controle, não tenho dúvida de afirmar que a raiz do problema está em nossa cúpula político-governamental que não investe maciçamente em educação pública de alta qualidade para nivelar todos - brancos, pardos, negros, índios etc. - por competência para poderem disputar o mercado de trabalho, e não como o governo brasileiro, em vitrine política eleitoral, faz oferecendo ensino universitário por cotas raciais em detrimento de levar em consideração a capacidade de cada cidadão.
Independente das causas sociais, no Brasil está faltando punição exemplar aos agentes criminosos para que a banalização criminal não continue se tornando um fato cotidiano. A autoridade pública constituída tem que ser mais enérgica e menos defensora dos direitos humanos dos bandidos. Se a maioria da sociedade é pacífica e respeita a lei, por que a minoria delinquente é agraciada com a leniência legal?
Assim, falta ajuste em nossa legislação penal para aumentar a carga da punição, acabar com os privilégios de visitas íntimas, bem como extinguir o benefício da progressão penal. Também que sejam construídas penitenciárias em nível humano em todo o país e voltadas para recuperação do preso em atividade de trabalho.
*Júlio César Cardoso Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
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