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*Por Júlio César Cardoso

Quem será o traidor ou sabotador nas hostes petistas? Vejam, a esquerda petista sempre questionou o “mensalão mineiro”, como um malfeito grave, bem mais antigo que o “mensalão petista” e até agora não julgado. Não julgado por incompetência do PT, que não soube promover a reação da sociedade e de nosso Judiciário? Ou porque o “mensalão petista” era muito mais grave?

Se a lição do “mensalão mineiro” não serviu de advertência para impedir cometimento posterior de irregularidades políticas por integrantes do PT, é porque eles julgavam que essas práticas criminosas faziam parte da vida política e que no Brasil dificilmente um tribunal puniria qualquer membro do alto clero da política nacional.

O PT gastou muito tempo, e continua, só falando em “partido da imprensa golpista”, mas não teve habilidade de impedir o julgamento do mensalão. Por quê? Porque a gravidade do fato era de tal ordem séria que provocou a indignação da sociedade, a qual se manifestou veementemente contra essa pouca-vergonha da corrupção política brasileira. E a sociedade tinha toda a razão em verberar contra esse estado de coisas ignóbeis de nossa política. E a prova está em o STF reconhecer a existência de esquema criminoso, que sustentava os interesses do governo e molhava o bolso de muitos políticos corruptos, chamado mensalão.

Mas algo estranho se passou no interior recôndito da cúpula diretiva do PT. Não é de se descartar a possível suspeita de algum tucano intrujão, dissimulado de petista e infiltrado no alto escalão do partido. Porque tudo que os tucanos queriam está se confirmando no STF, com o reconhecimento do mensalão petista. E observem mais, porque não pode ser obra do acaso que tudo tenha convergido para gáudio dos tucanos: subordinado ao Ministério da Justiça (petista), a Polícia Federal fez a investigação e ofereceu as provas ao Ministério Público, tendo o Procurador-Geral da República, nomeado pelo ex-presidente petista, após convencimento das peças criminais, encaminhado denúncia ao STF - que tem oito de seus onze ministros indicados pelo governo do PT -, onde a maioria de seus ministros reconheceu a existência do mensalão.

*Júlio César Cardoso é bacharel em Direito e servidor fedeal aposentado



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