*Por Arthur Teixeira Júnior
"O Piauí, capital e interior, foi tema de reportagem deste domingo no Fantástico (TV Globo). Infelizmente, mais uma reportagem negativa. O tema da matéria versou sobre o elevado número de motoqueiros embriagados que envolvem-se em acidentes com muitas mortes e inúmeros feridos. Foram mostrados alguns locais da Capital e algumas regiões do interior próximo. Embora não citada nominalmente, Agricolândia aparece na triste reportagem.
Basta alguns minutos postados na Avenida principal de Agricolândia, para qualquer observador notar a grande quantidade de jovens embriagados e drogados que transitam em alta velocidade por aquela via, colocando em risco os pedestres e eles próprios. A noite o problema agrava-se, devida a parca iluminação pública, a falta de calçadas, a total ausência de sinalização e de fiscalização. O diminuto contingente policial não é suficiente sequer para tratar das ocorrências corriqueiras, muito menos para fiscalizar o trânsito irregular de motocicletas.
Ontem, 15/01, um menino com 13 (treze !) anos de idade chegou pilotando uma motocicleta 150 cilindradas em um restaurante da cidade para comprar uma pizza. No mesmo estabelecimento, encontrava-se um policial e sua (a única da cidade) viatura. A criança não se intimidou, desceu, comprou, pagou, subiu em sua moto e foi embora. O policial limitou-se a telefonar para a mãe da criança alertando-a da imprudência. Era só o que poderia fazer...
Moradores locais se cotizaram para construírem lombadas (3 ao todo) no trecho mais perigoso da mesma avenida. O prefeito, preocupado em não ser passado para trás, mandou um de seus cúmplices infiltrar-se no grupo e coletar os dados. Na semana passada iniciou, atabalhoado, a construir 4 lombadas defronte a um colégio (coincidentemente onde seu cúmplice atua). Esqueceu-se somente de consultar as normalizações e a regularizar a obra. Ainda em fase de implantação, as lombadas irregulares já causaram vários acidentes, um deles de séria gravidade, com a vítima sendo removida para um hospital da Capital.
A Resolução nº 39 de 21/05/1998 do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) regulamenta o tema, trazendo de forma extremamente didática como e onde devem ser construídas as lombadas, os pré requisitos e as precauções necessárias. Assim como uma dona de casa consulta seu livro de receitas para elaborar um prato que não é de seu dia a dia, as autoridades municipais deveriam consultar a legislação antes de iniciar uma obra. Economizar dinheiro público é obrigação do gestor.
Os prejudicados prometem acionar a Justiça para que a Prefeitura pague pelos danos materiais e morais causados pelos “caroços” implantados em plena via pública. O Ministério Público já foi acionado para solicitar ao Juiz da Comarca de São Pedro (da qual Agricolândia é Termo Judiciário) que ordene a remoção ou a regularização das lombadas implantadas. Enquanto isto nossos jovens e crianças vão morrendo. E o Prefeito de férias (férias do quê mesmo?) "
*Arthur Teixeira Junior é articulista e escreve para o GP1
Imagem: Reprodução
Arthur Teixeira Júnior
Arthur Teixeira Júnior"O Piauí, capital e interior, foi tema de reportagem deste domingo no Fantástico (TV Globo). Infelizmente, mais uma reportagem negativa. O tema da matéria versou sobre o elevado número de motoqueiros embriagados que envolvem-se em acidentes com muitas mortes e inúmeros feridos. Foram mostrados alguns locais da Capital e algumas regiões do interior próximo. Embora não citada nominalmente, Agricolândia aparece na triste reportagem.
Basta alguns minutos postados na Avenida principal de Agricolândia, para qualquer observador notar a grande quantidade de jovens embriagados e drogados que transitam em alta velocidade por aquela via, colocando em risco os pedestres e eles próprios. A noite o problema agrava-se, devida a parca iluminação pública, a falta de calçadas, a total ausência de sinalização e de fiscalização. O diminuto contingente policial não é suficiente sequer para tratar das ocorrências corriqueiras, muito menos para fiscalizar o trânsito irregular de motocicletas.
Ontem, 15/01, um menino com 13 (treze !) anos de idade chegou pilotando uma motocicleta 150 cilindradas em um restaurante da cidade para comprar uma pizza. No mesmo estabelecimento, encontrava-se um policial e sua (a única da cidade) viatura. A criança não se intimidou, desceu, comprou, pagou, subiu em sua moto e foi embora. O policial limitou-se a telefonar para a mãe da criança alertando-a da imprudência. Era só o que poderia fazer...
Moradores locais se cotizaram para construírem lombadas (3 ao todo) no trecho mais perigoso da mesma avenida. O prefeito, preocupado em não ser passado para trás, mandou um de seus cúmplices infiltrar-se no grupo e coletar os dados. Na semana passada iniciou, atabalhoado, a construir 4 lombadas defronte a um colégio (coincidentemente onde seu cúmplice atua). Esqueceu-se somente de consultar as normalizações e a regularizar a obra. Ainda em fase de implantação, as lombadas irregulares já causaram vários acidentes, um deles de séria gravidade, com a vítima sendo removida para um hospital da Capital.
A Resolução nº 39 de 21/05/1998 do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) regulamenta o tema, trazendo de forma extremamente didática como e onde devem ser construídas as lombadas, os pré requisitos e as precauções necessárias. Assim como uma dona de casa consulta seu livro de receitas para elaborar um prato que não é de seu dia a dia, as autoridades municipais deveriam consultar a legislação antes de iniciar uma obra. Economizar dinheiro público é obrigação do gestor.
Os prejudicados prometem acionar a Justiça para que a Prefeitura pague pelos danos materiais e morais causados pelos “caroços” implantados em plena via pública. O Ministério Público já foi acionado para solicitar ao Juiz da Comarca de São Pedro (da qual Agricolândia é Termo Judiciário) que ordene a remoção ou a regularização das lombadas implantadas. Enquanto isto nossos jovens e crianças vão morrendo. E o Prefeito de férias (férias do quê mesmo?) "
*Arthur Teixeira Junior é articulista e escreve para o GP1
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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