*Arthur Teixeira Junior
Quem quiser encontrar o Prefeito de Agricolândia (90 km de Teresina) somente conseguirá fazê-lo indo a qualquer festa, festejo, comemoração, batizado, etc, em curso naquela cidade. Daí alguns títulos que dão ao nosso Prefeito: “Prefeito Festeiro”, “Prefeito Corujão”, “Expresso da Meia Noite”, “Arroz de Festa”, “Tô Dentro”, e outros mais pejorativos, que refletem uma meia verdade, uma realidade que não leva em conta todos os fatores envolvidos.
Em primeiro lugar, não tenho notícias de qualquer excesso cometido pelo Prefeito durante estas festas e comemorações das quais participa. Pelo contrário. Bebe com extrema moderação, atende com cortesia a todos que se aproximam, seja qual for sua classe social ou opção política, não se recusa a ser fotografado pelos lambe-lambes de plantão com quem quer que seja, enfim, comporta-se conforme o protocolo. O fato de quase chegar ao êxtase quando o locutor anuncia sua presença agradecendo o patrocínio (geralmente feito com dinheiro público), ou de não se importar quando o mesmo locutor anuncia a primeira dama, sendo que esta não está presente (por vezes o Sr. João se faz acompanhar pela segunda ou terceira dama), não o desmerece de forma alguma, sendo apenas um comportamento característico deste administrador.
Mas tirando as festas, o que teria este Prefeito para fazer? Não há obras em andamento na cidade para serem fiscalizadas. Estão todas paradas, exceto a reforma de uma Escola Municipal, mas esta está sendo tocada, fiscalizada e cobrada (com mão de ferro) pela Diretora do estabelecimento. O serviço de manutenção da cidade não existe, portanto não há o que acompanhar. Não há coleta regular de lixo. Não há lâmpadas para repor aquelas queimadas na iluminação pública. Não existe qualquer projeto ou provável convênio para ser estudado. As decisões administrativas são tomadas pelo segundo ou terceiro escalão, que mandam mais do que o próprio Prefeito. Não há articulações políticas para serem feitas. Os cobradores, fornecedores, oficiais de Justiça e agiotas fazem plantão na Prefeitura espreitando o Prefeito, um dos motivos que o levam a passar mais tempo em Teresina (onde reside de fato) do que em Agricolândia. Então fazer o quê?
Aproxima-se o final de seu melancólico mandato, que será sempre lembrado pela história como o pior de todos os tempos. O futuro sombrio lhe aguarda. Voltará a ser motorista? Como irá administrar o fim das mordomias? E se houverem pensões alimentícias sendo reclamadas? E o fim de seus rendimentos públicos (os únicos que possui)?
Só lhe resta ir às festas e comemorações, enquanto existirem bajuladores para afagar-lhe o ego. Temos, pois, em Agricolândia, uma “Rainha da Inglaterra”. Muito chic!
*Arthur Teixeira Junior é articulista
Quem quiser encontrar o Prefeito de Agricolândia (90 km de Teresina) somente conseguirá fazê-lo indo a qualquer festa, festejo, comemoração, batizado, etc, em curso naquela cidade. Daí alguns títulos que dão ao nosso Prefeito: “Prefeito Festeiro”, “Prefeito Corujão”, “Expresso da Meia Noite”, “Arroz de Festa”, “Tô Dentro”, e outros mais pejorativos, que refletem uma meia verdade, uma realidade que não leva em conta todos os fatores envolvidos.
Em primeiro lugar, não tenho notícias de qualquer excesso cometido pelo Prefeito durante estas festas e comemorações das quais participa. Pelo contrário. Bebe com extrema moderação, atende com cortesia a todos que se aproximam, seja qual for sua classe social ou opção política, não se recusa a ser fotografado pelos lambe-lambes de plantão com quem quer que seja, enfim, comporta-se conforme o protocolo. O fato de quase chegar ao êxtase quando o locutor anuncia sua presença agradecendo o patrocínio (geralmente feito com dinheiro público), ou de não se importar quando o mesmo locutor anuncia a primeira dama, sendo que esta não está presente (por vezes o Sr. João se faz acompanhar pela segunda ou terceira dama), não o desmerece de forma alguma, sendo apenas um comportamento característico deste administrador.
Mas tirando as festas, o que teria este Prefeito para fazer? Não há obras em andamento na cidade para serem fiscalizadas. Estão todas paradas, exceto a reforma de uma Escola Municipal, mas esta está sendo tocada, fiscalizada e cobrada (com mão de ferro) pela Diretora do estabelecimento. O serviço de manutenção da cidade não existe, portanto não há o que acompanhar. Não há coleta regular de lixo. Não há lâmpadas para repor aquelas queimadas na iluminação pública. Não existe qualquer projeto ou provável convênio para ser estudado. As decisões administrativas são tomadas pelo segundo ou terceiro escalão, que mandam mais do que o próprio Prefeito. Não há articulações políticas para serem feitas. Os cobradores, fornecedores, oficiais de Justiça e agiotas fazem plantão na Prefeitura espreitando o Prefeito, um dos motivos que o levam a passar mais tempo em Teresina (onde reside de fato) do que em Agricolândia. Então fazer o quê?
Aproxima-se o final de seu melancólico mandato, que será sempre lembrado pela história como o pior de todos os tempos. O futuro sombrio lhe aguarda. Voltará a ser motorista? Como irá administrar o fim das mordomias? E se houverem pensões alimentícias sendo reclamadas? E o fim de seus rendimentos públicos (os únicos que possui)?
Só lhe resta ir às festas e comemorações, enquanto existirem bajuladores para afagar-lhe o ego. Temos, pois, em Agricolândia, uma “Rainha da Inglaterra”. Muito chic!
*Arthur Teixeira Junior é articulista
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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