*Prof. Dr. Nouga Cardoso Batista
Como professor da UESPI já participei de algumas greves nesta Instituição de Ensino Superior, inclusive ajudando a dirigir algumas delas. Dentre elas, a meu ver, talvez seja essa a de mais fácil solução, uma vez que demanda menor disponibilidade financeira do Estado em curto prazo de tempo. Senão vejamos!
Tem sido colocado pela comunidade acadêmica, coletivo que encaminha o movimento S.O.S UESPI, que os eixos da greve são: Melhoria da Infraestrutura Física, Concurso Público para Técnico Administrativo e Professor, disponibilidade de recurso financeiros para garantir o custeio mensal da UESPI, Garantia de Assistência Estudantil com pagamento em dia dos bolsista, restaurante universitário e moradia estudantil. Desculpem-me se esqueci alguma outra demanda.
Pois bem, a primeira demanda refere-se à conclusão de obras na UESPI, principalmente nas Cidades de Picos e Parnaíba. É necessário dizer que as conclusões destas construções não dependem de recurso do Tesouro Estadual, são todas obras custeadas com recurso do Tesouro Federal, e estão totalmente assegurados. Ainda, as dificuldades no andamento destas obras são devidas ações de naturezas judiciais e burocráticas, que impedem a agilidade na conclusão das mesmas, mas que constituem providências necessárias para a execução transparente do erário público. A Administração Superior da UESPI tem como mostrar a veracidade dessas informações com documentos oficiais à disposição daqueles que interessar.
Quanto aos Concursos Públicos estes estão em andamento e a Administração Superior já realizou levantamento de quais cargos serão preenchidos e em quais unidades universitárias. Nesta questão, a meu ver, UESPI e o Governo do Estado podem se comprometer com datas para os lançamentos dos Editais. Ainda, a posse dos aprovados não demandará valores suplementares elevados do Recurso do Tesouro Estadual, uma vez que a Universidade e Governo já pagam Professores Temporários e Prestadores de Serviços aprovados em processos seletivos que serão substituídos com a posse dos aprovados no concurso.
Quem trabalha na UESPI sabe que o atendimento das reivindicações acima é mais do que justo, é necessário. Entretanto, por maior que seja o comprometimento do Governo Estadual e Administração da UESPI em superar essas dificuldades, uma vez iniciadas, elas só serão alcançadas no decurso de pelo menos seis meses. Não existe possibilidade de ser diferente, pois estamos falando de obras físicas e realização de concursos que envolvem várias etapas e precisa-se de tempo para sua conclusão.
A terceira reivindicação do movimento S.O.S UESPI demandam um aporte de recurso do Tesouro Estadual de aproximadamente 350.000,00 reais mensais; 150.000,00 reais além dos 200.000,00 que o tesouro estadual já disponibiliza para custeio (água, luz, telefone, suprimento de fundo, passagem aéreas, diárias, vale transporte, etc.) mensal da UESPI. Não incluo no custeio o que o Governo paga com vigilância e empresa de limpeza e manutenção terceirizadas por entender que estes serviços dizem respeito à manutenção e conservação do patrimônio e são de caráter previsíveis e permanentes.
Concluo por discutir a pauta Assistência Estudantil. Eu sou filho do interior do Estado – Monsenhor Gil, morei sete anos na CASA DO ESTUDANTE POBRE DO PIAUÍ, tenho conhecimento de causa, posso dizer o que uma residência estudantil significa! Certamente, para muitos, um divisor entre a possibilidade de estudar em um grande centro com boas escolas, ou retornar sem perspectivas; matando o sonho de crescimento de uma família e quem sabe até de uma comunidade, tamanho o desestímulo gerado. Ainda, devemos afirmar que pagar aos bolsistas em dia é uma obrigação, pois esses trabalham, prestam serviço relevante e necessitam dos recursos da bolsa para sobreviver. Não existem desculpas que possam encher uma barriga vazia.
Finalizando, acho prudente ponderar quanto aos prazos para o atendimento dessas demandas integralmente. Difícil acreditar que no tempo de duração de uma greve poderemos alcançar esse objetivo. Porém, o que, no meu entender, a comunidade uespiana deseja é comprometimento do Governo para avançarmos para no médio prazo podermos contar com uma melhor Assistência Estudantil na UESPI. Acredito que com vontade política e determinação por parte do Governo em encaminhar as solicitações, bem como, contando com a sensibilização do movimento, poderíamos avançar na discussão e por fim à greve que se durar muito tempo pode perder o foco principal, e atrapalhar ainda mais a vida dos que mais precisam da UESPI para crescer.
*Prof. Dr. Nouga Cardoso Batista é Vice-Reitor da UESPI
Como professor da UESPI já participei de algumas greves nesta Instituição de Ensino Superior, inclusive ajudando a dirigir algumas delas. Dentre elas, a meu ver, talvez seja essa a de mais fácil solução, uma vez que demanda menor disponibilidade financeira do Estado em curto prazo de tempo. Senão vejamos!
Tem sido colocado pela comunidade acadêmica, coletivo que encaminha o movimento S.O.S UESPI, que os eixos da greve são: Melhoria da Infraestrutura Física, Concurso Público para Técnico Administrativo e Professor, disponibilidade de recurso financeiros para garantir o custeio mensal da UESPI, Garantia de Assistência Estudantil com pagamento em dia dos bolsista, restaurante universitário e moradia estudantil. Desculpem-me se esqueci alguma outra demanda.
Pois bem, a primeira demanda refere-se à conclusão de obras na UESPI, principalmente nas Cidades de Picos e Parnaíba. É necessário dizer que as conclusões destas construções não dependem de recurso do Tesouro Estadual, são todas obras custeadas com recurso do Tesouro Federal, e estão totalmente assegurados. Ainda, as dificuldades no andamento destas obras são devidas ações de naturezas judiciais e burocráticas, que impedem a agilidade na conclusão das mesmas, mas que constituem providências necessárias para a execução transparente do erário público. A Administração Superior da UESPI tem como mostrar a veracidade dessas informações com documentos oficiais à disposição daqueles que interessar.
Quanto aos Concursos Públicos estes estão em andamento e a Administração Superior já realizou levantamento de quais cargos serão preenchidos e em quais unidades universitárias. Nesta questão, a meu ver, UESPI e o Governo do Estado podem se comprometer com datas para os lançamentos dos Editais. Ainda, a posse dos aprovados não demandará valores suplementares elevados do Recurso do Tesouro Estadual, uma vez que a Universidade e Governo já pagam Professores Temporários e Prestadores de Serviços aprovados em processos seletivos que serão substituídos com a posse dos aprovados no concurso.
Quem trabalha na UESPI sabe que o atendimento das reivindicações acima é mais do que justo, é necessário. Entretanto, por maior que seja o comprometimento do Governo Estadual e Administração da UESPI em superar essas dificuldades, uma vez iniciadas, elas só serão alcançadas no decurso de pelo menos seis meses. Não existe possibilidade de ser diferente, pois estamos falando de obras físicas e realização de concursos que envolvem várias etapas e precisa-se de tempo para sua conclusão.
A terceira reivindicação do movimento S.O.S UESPI demandam um aporte de recurso do Tesouro Estadual de aproximadamente 350.000,00 reais mensais; 150.000,00 reais além dos 200.000,00 que o tesouro estadual já disponibiliza para custeio (água, luz, telefone, suprimento de fundo, passagem aéreas, diárias, vale transporte, etc.) mensal da UESPI. Não incluo no custeio o que o Governo paga com vigilância e empresa de limpeza e manutenção terceirizadas por entender que estes serviços dizem respeito à manutenção e conservação do patrimônio e são de caráter previsíveis e permanentes.
Concluo por discutir a pauta Assistência Estudantil. Eu sou filho do interior do Estado – Monsenhor Gil, morei sete anos na CASA DO ESTUDANTE POBRE DO PIAUÍ, tenho conhecimento de causa, posso dizer o que uma residência estudantil significa! Certamente, para muitos, um divisor entre a possibilidade de estudar em um grande centro com boas escolas, ou retornar sem perspectivas; matando o sonho de crescimento de uma família e quem sabe até de uma comunidade, tamanho o desestímulo gerado. Ainda, devemos afirmar que pagar aos bolsistas em dia é uma obrigação, pois esses trabalham, prestam serviço relevante e necessitam dos recursos da bolsa para sobreviver. Não existem desculpas que possam encher uma barriga vazia.
Finalizando, acho prudente ponderar quanto aos prazos para o atendimento dessas demandas integralmente. Difícil acreditar que no tempo de duração de uma greve poderemos alcançar esse objetivo. Porém, o que, no meu entender, a comunidade uespiana deseja é comprometimento do Governo para avançarmos para no médio prazo podermos contar com uma melhor Assistência Estudantil na UESPI. Acredito que com vontade política e determinação por parte do Governo em encaminhar as solicitações, bem como, contando com a sensibilização do movimento, poderíamos avançar na discussão e por fim à greve que se durar muito tempo pode perder o foco principal, e atrapalhar ainda mais a vida dos que mais precisam da UESPI para crescer.
*Prof. Dr. Nouga Cardoso Batista é Vice-Reitor da UESPI
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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