*Zózimo Tavares
Não é um despropósito do governador comemorar os números. Ele precisa fazer isso mesmo, até para animar a militância. O momento recomenda, porém, muita cautela. Ele está há três meses no cargo, com uma super-exposição na mídia, e seu crescimento ainda é modesto. Já era tempo de ele ter ultrapassado a barreira dos 30%.
É mais prudente o governo reconhecer que tem dois adversários fortes pela frente. O ex-prefeito Sílvio Mendes deixou o cargo há três meses, praticamente não fez campanha, não atraiu novos aliados para o seu palanque, não tem estrutura para se movimentar e, ainda assim, se mantém na liderança das pesquisas.
Era de se esperar que a candidatura de Sílvio apresentasse um declínio, ou pelo menos uma turbulência, depois que ele perdeu o cargo e potenciais aliados nos quais investia muito, como o PMDB. Como se sabe, os peemedebistas preferiram continuar com o governo, inclusive indicando o vice de Wilson Martins.
Do mesmo modo, era de se esperar também que a candidatura de JVC entrasse em parafuso depois que ele foi bruscamente descartado pelo blocão do governo. Mesmo assim, ele se manteve firme e foi buscar dentro do próprio esquema governista aliados que acabaram por viabilizar a sua candidatura, como o deputado federal Ciro Nogueira (PP), candidato a senador, e o PDT, que apresentou o deputado Flávio Nogueira como seu companheiro de chapa.
Nestes 90 dias de governo, Wilson Martins não mostrou a cara. Optou por viver atrás da cara do governo Wellington Dias. Quem sabe esteja aí, na falta de uma identidade própria, o motivo de sua candidatura não estar em situação mais confortável. O ex-governador Wellington Dias lidera as pesquisas para o Senado, porém até aqui não transfere votos para o sucessor.
*Zózimo Tavares é editor chefe do Diário do Povo
Imagem: Divulgação / GP1Governador Wilson Martins
O governador Wilson Martins festejou os resultados das pesquisas de intenção de voto divulgadas ontem pelos institutos Amostragem e Jales. Pela primeira vez, ele aparece na frente do senador João Vicente Claudino (PTB), que vinha em segundo lugar na corrida sucessória estadual, atrás do ex-prefeito Sílvio Mendes, líder com folga em todas as pesquisas.Não é um despropósito do governador comemorar os números. Ele precisa fazer isso mesmo, até para animar a militância. O momento recomenda, porém, muita cautela. Ele está há três meses no cargo, com uma super-exposição na mídia, e seu crescimento ainda é modesto. Já era tempo de ele ter ultrapassado a barreira dos 30%.
É mais prudente o governo reconhecer que tem dois adversários fortes pela frente. O ex-prefeito Sílvio Mendes deixou o cargo há três meses, praticamente não fez campanha, não atraiu novos aliados para o seu palanque, não tem estrutura para se movimentar e, ainda assim, se mantém na liderança das pesquisas.
Era de se esperar que a candidatura de Sílvio apresentasse um declínio, ou pelo menos uma turbulência, depois que ele perdeu o cargo e potenciais aliados nos quais investia muito, como o PMDB. Como se sabe, os peemedebistas preferiram continuar com o governo, inclusive indicando o vice de Wilson Martins.
Do mesmo modo, era de se esperar também que a candidatura de JVC entrasse em parafuso depois que ele foi bruscamente descartado pelo blocão do governo. Mesmo assim, ele se manteve firme e foi buscar dentro do próprio esquema governista aliados que acabaram por viabilizar a sua candidatura, como o deputado federal Ciro Nogueira (PP), candidato a senador, e o PDT, que apresentou o deputado Flávio Nogueira como seu companheiro de chapa.
Nestes 90 dias de governo, Wilson Martins não mostrou a cara. Optou por viver atrás da cara do governo Wellington Dias. Quem sabe esteja aí, na falta de uma identidade própria, o motivo de sua candidatura não estar em situação mais confortável. O ex-governador Wellington Dias lidera as pesquisas para o Senado, porém até aqui não transfere votos para o sucessor.
*Zózimo Tavares é editor chefe do Diário do Povo
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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