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(*) Magno Pires

O Palácio do Planalto estaria fazendo campanha para derrotar os senadores Herá-clito Fortes e Mão Santa. Esse posiciona-mento é péssimo para o presidente Lula. Presidente do Brasil e líder planetário e nacional não deve sucumbir nessas picuinhas. Coisas do interior, provincianas. É melhor deixar isso de lado e tratar da campanha de Dilma. Terá muito mais proveito. Exercer sua grandeza é o caminho acertado.

Com a entrada do deputado Ciro Nogueira (PP) para disputar uma cadeira no Senado, em coligação com o mega-empresário João Claudino, a situação de Heráclito e Mão Santa complica-se, mas a candidatura do ex-governador Wellington Dias (PT) permanece sem nenhuma alteração. O empresário João Claudino quer derrotá-lo. Ainda com mágoas por conta da escolha do governador Wilson Martins (PSB) à sucessão estadual.

A segunda vaga ao Senado, está sendo disputada pelos senadores Heráclito Fortes e Mão Santa, e pelos deputados federais Antônio José Medeiros (PT) e Ciro Nogueira (PP). Todos políticos experimentados. Mão Santa e Heráclito estão na oposição. Medeiros e Ciro apoiam o governo federal, embora o segundo seja dissidente governista, e Medeiros apoia Wilson.

Acredito que Mão Santa e Heráclito terão a maioria da preferência popular, excetuando Wellington, embora Antônio José Medeiros aposte na transferência dos votos de Wellington Dias, o que é improvável, justamente pela forte liderança de Mão Santa (PSC), que capitaneia a maioria dos votos espontâneos no Estado; embora Heráclito tenha maior penetração nas lideranças, notadamente prefeitos. Entre Heráclito e Mão Santa, o que percebo, é uma grande preferência espontânea pelo senador de Parnaíba.

A grande surpresa dessa eleição, embora a majoritária para governador galvanize as emoções, em maior intensidade e poder político, será a eleição para o Senado, exatamente porque os 4 postulantes à segunda vaga - Heráclito, Mão Santa, Ciro e Antônio José Medeiros - detem fortes ligações políticas e empresarias. Estas são encabeçadas pelo deputado Ciro e o senador Heráclito. E com a entrada de Ciro Nogueira, coligado com João Claudino (PRTB), o senador Heráclito necessariamente perde o apoio de "seu João", o qual recebe tradicionalmente.

Heráclito Fortes, porém, tem a maior preferência de Sílvio Mendes, mesmo ressalvando que dará o mesmo apoiamento ao senador Mão Santa. As diferenças entre os dois por conta das eleições passadas, quando a profa. Adalgisa foi candidata, parece que ainda não foram totalmente relevadas ou desconsideradas. E o senador Heráclito tem mais afinidade com Sílvio por conta do PSDB nacional, com Heráclito mais próximo do partido; enquanto Mão Santa (PSC) é próximo do presidenciável José Serra e do ex-presidente FHC. Mas Heráclito foi líder do ex-presidente.

É evidente que o senador Heráclito (DEM) tem mais afinidade com o PSDB. O DEM sempre foi aliado tucano. E não está bem na opinião pública, tendo em vista os problemas com a renúncia do ex-governador José Roberto Arruda, de Brasília.

O presidente Lula deve distanciar-se das conveniências políticas estaduais e regionais e tratar dos problemas políticos nacionais que envolvam a sua sucessão com Dilma. Porque isso poderá desgastar sua imagem e de Dilma, com perda de votos, mesmo considerando-se sua forte liderança.

(*) Magno Pires é advogado e membro da Academia Piauiense de Letras - APL
e-mail: [email protected]
blog: www.magnopires.blogspot.com

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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