PT ameaçado de isolamento
O PT caminha para o isolamento político dentro do governo. Primeiro, o partido se indispôs com o PTB do senador João Vicente Claudino, escanteado pelo governador Wellington Dias como candidato da "base" à sua sucessão. Trocando em miúdos, o PT rifou a candidatura do senador, que se viu na obrigação de sair do governo.
Depois de perder o seu principal aliado da eleição de 2006, o PT abriu, na semana passada, duas frentes de combate dentro do governo, uma com o próprio governador Wilson Martins e a outra com o PMDB. Os petistas decidiram condicionar seu apoio à reeleição de Wilson à indicação do candidato a vice-governador. Do contrário, lançariam candidato próprio ao governo.
Com isso, o PT emparedou o governador, que ficaria sem espaço para reforçar a sua chapa com o PMDB. Foi também um chute na canela dos peemedebistas, que reagiram à proposta petista com indignação. Os peemedebistas acusaram o PT de ser o partido que mais trabalha para a desagregação do esquema governista.
Em meio ao tiroteio, o governador avisou que não aceitava a exigência petista e que a vaga de vice está destinada ao PMDB. Sentido-se desprestigiados, os petistas não se conformaram e ameaçaram romper com o governo, entregando os cargos que ocupam na administração. Wilson avisou que aceitava os cargos. Os petistas se calaram.
O ex-governador Wellington Dias, o presidente do partido, Fábio Novo, e outras lideranças petistas entraram em cena para acalmar os ânimos petistas. O partido recuou, mas ainda esbraveja pelos cantos, inconformado com a opção do governador pelo PMDB, quanto à escolha do candidato a vice.
O que o PT não quis entender foi que, a estas alturas, o governador já não fará mais tanta força para ter os petistas ao seu redor. A conta dessa aliança está saindo muito cara para ele, que praticamente ficou sem condição de indicar ninguém para a sua equipe.
Se bobear, o PT fica falando sozinho na sucessão.
*Zózimo Tavares é editor chefe do Diário do Povo
O PT caminha para o isolamento político dentro do governo. Primeiro, o partido se indispôs com o PTB do senador João Vicente Claudino, escanteado pelo governador Wellington Dias como candidato da "base" à sua sucessão. Trocando em miúdos, o PT rifou a candidatura do senador, que se viu na obrigação de sair do governo.
Depois de perder o seu principal aliado da eleição de 2006, o PT abriu, na semana passada, duas frentes de combate dentro do governo, uma com o próprio governador Wilson Martins e a outra com o PMDB. Os petistas decidiram condicionar seu apoio à reeleição de Wilson à indicação do candidato a vice-governador. Do contrário, lançariam candidato próprio ao governo.
Com isso, o PT emparedou o governador, que ficaria sem espaço para reforçar a sua chapa com o PMDB. Foi também um chute na canela dos peemedebistas, que reagiram à proposta petista com indignação. Os peemedebistas acusaram o PT de ser o partido que mais trabalha para a desagregação do esquema governista.
Em meio ao tiroteio, o governador avisou que não aceitava a exigência petista e que a vaga de vice está destinada ao PMDB. Sentido-se desprestigiados, os petistas não se conformaram e ameaçaram romper com o governo, entregando os cargos que ocupam na administração. Wilson avisou que aceitava os cargos. Os petistas se calaram.
O ex-governador Wellington Dias, o presidente do partido, Fábio Novo, e outras lideranças petistas entraram em cena para acalmar os ânimos petistas. O partido recuou, mas ainda esbraveja pelos cantos, inconformado com a opção do governador pelo PMDB, quanto à escolha do candidato a vice.
O que o PT não quis entender foi que, a estas alturas, o governador já não fará mais tanta força para ter os petistas ao seu redor. A conta dessa aliança está saindo muito cara para ele, que praticamente ficou sem condição de indicar ninguém para a sua equipe.
Se bobear, o PT fica falando sozinho na sucessão.
*Zózimo Tavares é editor chefe do Diário do Povo
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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