Torre de Babel
A temperatura subiu ontem na chamada “base” governista, mais precisamente no PT. Quem acendeu o estopim foi o deputado federal Nazareno Fonteles. Ainda cedo, ele carimbou um veto explícito e irrevogável à candidatura do senador João Vicente Claudino (PTB) ao Governo do Estado como representante do blocão governista.
O deputado não parou por aí: ele exigiu do governador Wellington Dias que se empenhe pela candidatura do secretário de Educação, deputado federal Antônio José Medeiros, na sua opinião o único que tem afinidade com o projeto de governo do PT. E foi mais longe: prefere ser expulso do partido a votar no senador João Vicente. No meio da tarde, divulgou um manifesto reiterando suas posições.
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Ainda pela manhã, o deputado federal Marcelo Castro, ainda pré-candidato ao governo pelo PMDB, revelou que o acordo feito em novembro passado na casa do governador Wellington Dias, com as lideranças da “base”, não prevê pesquisa como único critério de escolha do candidato oficial ao governo.
“Digamos que todas as lideranças escolham um candidato. Pesquisa não tem supremacia sobre os outros critérios. Se fosse só a pesquisa não precisaria de reunião”, ponderou. O PMDB, segundo Marcelo Castro, condiciona o apoio a uma escolha de acordo com os três critérios estabelecidos: pesquisa, afinidade com o projeto e capacidade de unir os aliados. “Somente pesquisa não define o candidato e não é o primeiro critério. O candidato tem que ser o que possua as três características”, sustentou.
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O vice-governador Wilson Martins, pré-candidato do PSB ao governo do Estado, disse ontem que é cedo para o senador João Vicente Claudino pensar em ser governador do Piauí. Segundo ele, João Vicente precisa cumprir mais quatro anos de seu mandato como senador, antes de pensar em uma candidatura ao governo.
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Foi este o clima de ontem no blocão do governo.
*Zózimo Tavares é jornalista e editor chefe do Diário do Povo
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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