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Imagem: G1Governador do Piauí Wellington Dias(Imagem:G1)Governador do Piauí Wellington Dias
Minha intenção nesse texto não é aconselhar gente rica e sabida, apenas vaidade de simples mortal: “eu disse antes”. Aproveitando o “dizer antes”, eu disse há cinco anos que o projeto do biodiesel representava tão somente uma maracutaia de Governo e da empresa Brasil Ecodiesel para desviar dinheiro público através de isenções fiscais. Nem demorou muito e os fatos estão aí para mostrar os reais interesses da negociata. Terras doadas sendo vendidas, fábrica fechada e trabalhadores da mamona abandonados como cachorro pulguento.

E vamos aos cantos:

Primeiro canto – o canto de sereia da fascinação do poder

Há quatro anos o Governador entoou um canto de sereia arrasador, encantador, inebriante, fascinou a todos: “todos vão usufruir das benesses do Estado durante meu governo, para isso temos que nos unir a fim de que possamos permanecer no poder”. O canto envolveu a todas e bateu no fundo do coração. Todos se uniram, afinal eleição “custo zero” financiada pelo erário público todos querem. O Governador encantador de serpente permaneceu no cargo a custa do entreguismo da máquina estatal aos seus aliados de última hora.

Para o aliado mais importante renovou as isenções fiscais, para os serviçais de segunda categoria distribuiu cargos comissionados na estrutura administrativa, em suma agraciou a muitos com um custo estratosférico para o desgraçado Estado do Piauí. Grana pública para a compra dos mandatos não faltou. Depois do resultado eleitoreiro fatiou a administração pública entre os apoiadores, todavia não agradando a muita gente.

Segundo canto – o canto da mentira

“O meu sucessor pode ser qualquer um da base aliada, o melhor nas pesquisas de opinião manipuladas. Pode ser até um de fora do meu partido”.

Esse canto foi bem elaborado e discutido entre o Governador e os companheiros. Era necessário continuar com um canto enganador, mas que pudesse manter o sonho dos aliados alimentado. O encontro para decidir sobre o canto foi na casa do Governador e assim concluíram: “o Governador entoa o canto da promessa e os companheiros o de que o PT tem que ter candidatura própria”. No andar da carruagem uma decisão do Diretório Nacional aponta o rumo que onde o PT tiver o Governador é obrigado o partido apresentar candidatura própria. Tudo combinado, só não ver quem não quer. E o Governador ainda pode dizer: “eu fiz o que pude, seu João”. Não seu João, tudo foi combinado previamente. E digo isso com seguinte argumento: “o PT não vai deixar de ter candidatura própria no Piauí tendo o Presidente da República e o Governador do Estado. Uma eleição que vai ser resolvida na perspectiva de quem tiver mais dinheiro para comprar a consciência da massa brutalizada”.

Terceiro canto – o canto da traição

O terceiro canto não será para ser ouvido, o tato será o sentido, pois a dor terá prevalência, a dor da infidelidade, o primeiro requisito dos políticos, a dor da traição, da punhalada nas costas na altura da quita costela. Seu João, você vai sentir o punhal da traição da PT no dia primeiro de abril, mas creia não será mentira.

Seu João, quero continuar me reportando a você, dessa vez você vai experimentar a maquinação da mentira, o jogo sórdido da manipulação que o PT lhe envolveu nesses quatro anos. O seu sonho de governar o Piauí não terá a colaboração do petismo do Piauí. A candidatura do Joãozinho será escarrada pelo PT, não tenha dúvida disso, procure outro rumo. Você não será Governador do Piauí nem hoje, nem amanhã, nem nunca com o apoio do PT. Ademais não sei se não for nessa é possível esperar por mais doze anos. O projeto político deles é de vinte anos no poder, e se conseguirem o terceiro mandato...Você vacilou inebriado com o canto do Governador e agora pode ser muito tarde.

E este é o terceiro canto, que não terá melodia, só dor, o “canto de carroceria do PT”.

*Judson Barros – Presidente da Fundação Águas

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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