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Blog Opinião
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O jornalismo sempre teve seu destaque na história mundial. Graças a esse quarto poder, o mundo teve ciência de abusos e absurdos que aconteciam e ainda acontecem ao redor do planeta.

Nos Estados Unidos na década de setenta, dois jornalistas do Washington Post, Bob Woodward e Carl Bernstain, foram os responsáveis em investigar e descobrir o famoso escândalo Watergate que culminou no impeachment do então presidente Richard Nixon. Caso que inspirou o filme "Todos os homens do presidente".


O mundo viu horrorizado o assassinato de um jornalista americano durante a revolução sandinista na Nicarágua graças à coragem dos jornalistas que presenciaram e registraram a cena. Retratada posteriormente no cinema, com o filme "Sob fogo cerrado".

No Brasil tivemos bravos heróis que lutavam contra a ditadura instalada nos anos de chumbo de sessenta. Muitos foram exilados e outros mortos, como o caso de Vladimir Herzog, que embora tivesse nascido na Croácia, tinha naturalizado-se brasileiro, e virou um símbolo da luta pela democracia, pela liberdade, pela justiça, segundo palavras do jornalista Sergio Gomes.

Fernando Collor de Melo foi ao chão pelas mãos da mídia numa clara demonstração de força e credibilidade que esse setor tem da sociedade brasileira.

Já no Piauí, vemos um jornalismo dependente do pecúnio estatal, que se acovarda a cada denúncia que aparece. Vivem debaixo das asas do governo e só fazem e escrevem aquilo que lhes ditam. Quando as críticas da minoria corajosa sobre os escândalos e os desastres administrativos repercutem no seio da sociedade e consequentemente abalam a estrutura blindada do governo, a resposta que vem por parte do denunciado é a intimidação e a perseguição, instalando-se um verdadeiro estado ditatorial.

Poucos são os que não estão acorrentados por esse elo. São as raras exceções. Dentre esses poucos, cito João Carvalho (GP1), Pedro Alcântara e Toni Rodrigues (180graus) e Zózimo Tavares (Diário do Povo) a quem rendo todo meu apreço e admiração.

Os jornalistas daqueles tempos eram mais homens que os atuais? Não. Eram mais éticos e o compromisso que tinham não era com o governo, mas sim com a verdade.

*Carlos Magno Filho

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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