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Colunista João Carvalho
GP1
Conheci o jornalista Carlos Augusto há 16 anos. Eu na época, um meninote, mas já ocupando a chefia da Assessoria de Imprensa da Vice-Governadoria e ele Secretário Estadual de Comunicação e homem de frente do então governador Mão Santa. No início eu era aquele foca deslumbrado por ter a oportunidade de estar ao lado de um ícone do nosso jornalismo. Depois o melhor, me tornei amigo do Carlim, era assim que o tratava e ele carinhosamente me chamava de Joãozim.

De lá pra cá muita coisa mudou. O foca já é um “tio” na área do jornalismo e Carlim teve uma sucessão de problemas de saúde. Lembro quando ele fez o transplante de fígado e tinha que tomar mais de 20 tipos de medicamentos por dia. Andava com uma maleta abarrotada de medicamentos, que era carregada pelo seu fiel escudeiro By Guel Lima. Mesmo tomando esta pilha de medicamentos, alguns antibióticos fortíssimos, Carlim não se rendia e mantinha uma postura dura e crítica na sua atividade jornalística. Não fugia de um debate e tinha uma memória prodigiosa.

Não foram raras as vezes em que ele me dava aulas de história política e em troca ele queria só saber das “novidades”, que é como chamamos a notícia inédita e exclusiva. Eu falava umas besteiras, mas nunca achei que pudesse passar nada de grande valia ao mestre Carlos Augusto de Araújo Lima. Ele tinha memória, faro jornalístico, vivência política e coragem de levar as mazelas do poder ao público.

Não fui ao velório do Carlim e nem enterro por que me deu náuseas ver algumas pessoas, que fizeram de tudo para tirar o Carlim do jornalismo, ao pé do seu caixão como urubus ao redor da carniça. Não fui pra evitar que acabasse dizendo na cara dessas pessoas o que você leitor lê agora. Uma coisa é espírito solidário, outra coisa é a desfaçatez de alguns urubus presentes ao velório e ao enterro do Carlim, numa atitude demagógica.

Sei que Deus vai iluminar o seu caminho na eternidade e com certeza você vai fazer duras críticas a ele por ter lhe levado tão cedo. Aqui, amigo Carlim, fico para combater os asseclas que zombam da verdade e vêem no jornalismo uma ameaça às suas criminosas. Dá minha parte dei uma rezadinha para você chegar com crédito lá no homem... Vá com calma e nada de alterar a voz com o Altíssimo.

Do amigo Joãozim.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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