Me causa espécie, pra não dizer outra coisa, a complacência da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para com as operadoras de telefonia móvel. Telefones mudos por dias, ligações que não são completadas (mas cobradas), promoções que não são cumpridas e a péssima qualidade do sinal são a tônica do setor, mas não se vê uma ação efetiva da Anatel contra as operadoras de celular. A mesma Anatel, que se comporta como um leão na atuação contra as rádios comunitárias, se mostra um gatinho quando tem que enfrentar as multinacionais da telefonia. E os abusos não se limitam a telefonia celular, a banda larga, por exemplo, é outra área onde o consumidor é lesado de forma explicita. Vou dar um exemplo pessoal. Utilizo os serviços de banda larga da operadora mexicana Claro. A velocidade do meu plano 3G contratada é de até 1 Mps, mas nunca atingiu mais que 300 Kbps, a média é de 50 Kbps e não raro o serviço simplesmente não funciona e eu fico sem Internet. Por este desserviço eu pago mensalmente quase R$ 90,00 e várias vezes tive que arquivar meus textos em um pen drive e levá-los a uma lan house para poder atualizar a Coluna. Se o problema fosse só comigo não usaria este espaço para reclamar, mas a grita é geral e nada acontece. A transmissão de dados não melhora, a empresa continua faturando e a Anatel silencia. É a lógica da condescendência, ou o ilógico desrespeito ao consumidor. No caso da Tim, nas últimas semanas, o serviço simplesmente não funciona e os telefones da operadora italiana ficam mudos. Deve ser pra combinar com o silêncio da Anatel!!!
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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