Multidão presente ao comício e pergunta de Efrém Ribeiro são destaques da visita de Lula e Dilma ao

Em meio ao anúncio de investimentos e muito lero-lero eleitoral dois fatos marcaram a visita do presidente Lula e da candidata a presidente pelo PT, Dilma Rousseff, à Teresina. O primeiro se deu ainda na entrevista coletiva de Dilma no CEIR, quando repórter do Sistema Meio Norte de Comunicação e de O Globo (no Piauí), Efrém Ribeiro, perguntou a Dilma se ela era homossexual, em resumo, lésbica. Lauro Jardim, colunista da revista Veja, classificou a pergunta como “descabida”, mas deu importância ao fato e destacou em sua coluna. Eu que acompanhei a cobertura e vi o contexto em que ela foi feita, não achei. Vamos ser sinceros, as coletivas de imprensa, via regra, são umas chatices do início ao fim, na qual os jornalistas mais se empurram do que desempenham a sua função de buscar informações para passar ao leitor. Efrém fez a pergunta em meio a várias indagações sobre o aborto e a união civil entre os homossexuais, feitas pelos coleguinhas que fazem a cobertura presidencial diariamente, todos com suas perguntas “cabidas”. E vamos ser sinceros, no meio jornalístico todo mundo insinua que Dilma é lésbica, numa atitude covarde por que ela não tem como se defender. O que Efrém Ribeiro fez foi ter a hombridade e muita coragem de perguntar a ela, ao vivo e a cores, a sua condição sexual. Na hora o burburinho foi geral. Todo mundo ficou surpreso com a pergunta de Efrém por quê no Brasil falar de sexo é tabu e quando envolve homossexualismo o assunto cai na seara do proibido, como se estivéssemos no Irã, onde o homossexualismo é considerado crime. A chiadeira quanto à pergunta de Efrém Ribeiro se dá mais por hipocrisia do quê pela defesa do “bom jornalismo”. Afinal, se eleita, Dilma deve governar com a cabeça e não com a vagina.

PS: Soube que o diretor de Jornalismo do Meio Norte, jornalista e advogado José Osmando, deu uma bronca daquelas em Efrém Ribeiro. Fez o seu papel. Diretor de Jornalismo é pra equilibrar e fazer a condução política de um veículo de comunicação e a pergunta não teve nada de equilibrada, foi inusitada, como é o próprio Efrém. Já o empresário Paulo Guimarães (PG), se bem conheço, deve ter dado boas gargalhadas ao tomar conhecimento do fato. PG pouco liga para opiniões de políticos sobre o noticiário dos seus veículos de comunicação. Ele se preocupa muito mais em saber quantos carros Serginho Carvalho, que comanda as suas revendas de veículos, está vendendo por mês, do quê em tomar conhecimento se político A ou B mostrou descontentamento com manchete do Jornal Meio Norte.

Mas vamos deixar as questões sexuais de lado e falar do outro fato que chamou a atenção durante a visita de Lula e Dilma: A multidão presente ao comício de Wilson Martins, que contou com a presença de Lula e da sua pupila. Pra não pegar opiniões locais, mais que suspeitas, conversei com o jornalista Fábio Guibu, da Folha de São Paulo, que está fazendo a cobertura da eleição pra presidente e ele foi enfático: “Foi o maior comício que eu vi nesta campanha. Foi maior que o de Recife, que têm 3,7 milhões habitantes. Acho que tinha no mínimo 30 mil pessoas no comício. No mínimo”. Repórter fotográfico da Folha, o piauiense Brito Júnior (que assina João Brito), também se impressionou com a multidão e relata: “O presidente foi a frente do palanque e olhou impressionado pra multidão”. Lula chegou a comentar com um jornalista: “Aqui eu nunca perdi, nem mesmo nos tempos mais difíceis e ser senador pelo Piauí seria motivo de orgulho pra mim. Eu confio no povo do Piauí e eles em mim. É uma relação muito especial”. Aí presidente, o senhor “mata” o senador João Vicente, que em 2012 terá que renovar seu mandato, ou disputar novamente o Governo do Estado por quê nas atuais circunstâncias disputar uma vaga no Senado com Lula é uma insanidade eleitoral.

PS: Só espero que depois de todo o lero-lero eleitoral as obras autorizadas por Lula, sejam iniciadas, andem e sejam concluídas. É mínimo que o povo merece em respeito a esta “relação muito especial”. Ah, ia esquecendo, presidente e governador Wilson Martins, cadê os recursos para o atendimentos dos nossos irmãos que sofrem com o fragelo da seca. Cadê?! A Coluna não vai esquecer do assunto!!!