O Movimento Dever de Classe me envia a seguinte nota:
Se possível, gostaríamos que publicasse no conceituado GP1 matéria sobre o que expomos abaixo:
1. O governo estadual se nega a pagar o piso nacional dos professores, que, por Lei Federal, a partir deste mês de janeiro é de no mínimo R$ 1.132,00 para 20 horas.
2. Ressalte-se que em 2009 foi concedido REAJUSTE ZERO na data-base da educação e o governo também não cumpriu a Lei do Piso Nacional, o que seria feito agora neste início de ano.
3. Mas Wellington intensifica o arrocho e envia proposta à Assembleia Legislativa propondo pagar somente R$ 510,00 como piso neste mês e acrescentar mais R$ 2,00 (dois reais) em fevereiro próximo. Um deboche, em nossa opinião.
4. A alegação do Palácio de Karnak e da SEDUC é que não há dinheiro para ir além disso.
5. No entanto, o governo está pagando hoje (13.01), diferenças salariais de outros setores do funcionalismo (policiais civis, militares, fazendários), utilizando verbas da própria Educação, como chegou a afirmar o atual Secretário de Fazenda - Dr. Franzé.
6. Isto ocorre, dentre outros fatores, porque a Direção do SINTE é totalmente atrelada ao governo e não tem independência política para representar com seriedade e firmeza os trabalhadores em educação da rede estadual do Piauí. Não à toa, essa Direção defende também um piso ilegal de R$ 566,00 para 20 horas, valor muito próximo ao que o governo quer impor. A presidenta dessa entidade - professora Odeni de Jesus - foi nomeada para cargo comissionado no Conselho Estadual de Educação pelo próprio governador.
7. Assim, as categorias que se mobilizaram e ameaçaram de verdade entrar em greve, como os policiais civis, receberam de imediato uma compensação financeira vinda do governo. As direções dos sindicatos desses servidores são independentes e autônomas, não se rendem ao Palácio de Karnak.
8. Resta aos trabalhadores em educação se organizarem, exigirem que a Direção do SINTE pare de defender o governo e encaminhe as lutas da categoria com responsabilidade e de forma consequente. Neste sentido, em assembleia geral ocorrida em 8 de dezembro de 2009, ficou deliberado que, caso o governo não cumpra a Lei e pague no mínimo os R$ 1.132,00 para 20 horas, o ano letivo na rede estadual do Piauí não será iniciado.
Grato,
Landim Neto - professor e Coordenador-Geral do Grupo Dever de Classe. Fone: (086) 8845-3625 blog: www.deverdeclasse.blogspot.com
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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