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Colunista João Carvalho
GP1

A Operação Gastança e a tentativa de inviabilizar o Governo Wilson Martins


Sempre ativo e nada desarticulado, o vice-governador Wilson Martins (FOTO) pode encomendar o terno novo para sua posse na Governadoria do Estado quando abril chegar. Mas Wilson deve se preparar para uma dura missão, é que, há cerca de duas semanas, enquanto Martins viajava para expandir o seu PSB pelo interior do estado, Wellington Dias reuniu na Residência Oficial a cúpula petista, confirmou a sua saída do Governo para disputar uma vaga no Senado Federal e ao final da reunião determinou que as principais secretarias estaduais, todas sob o comando do PT, adiantassem todos os pagamentos e investimentos a serem realizados pela máquina estadual em 2010. Tudo deve ser feito até o final de março. A primeira providência efetiva para cumprir a determinação de Sua Excelência foi o anúncio pela Secretaria de Administração do pagamento dos atrasados do governo Guilherme Melo, que vai consumir cerca de R$ 5 milhões por mês durante 12 meses. Wellington Dias pretende ganhar todo o crédito pelo tal pagamento atrasado, mas ira pagar somente dois meses, janeiro e fevereiro, já a parcela de março, que será paga em abril, terá como ‘pai’ Wilson Martins. No outro front, as secretarias de Saúde, Administração e Educação foram orientadas a acelerar o ritmo das licitações e deixar todo o Orçamento de 2010 comprometido. A ordem é não deixar em caixa recursos que permitam ao governador Wilson Martins a manutenção da máquina estatal, e principalmente, inviabilizar quaisquer investimentos significativos em 2010. Quem quiser constatar se a determinação vem sendo cumprida bastar dar uma conferida nos editais de licitação e contratos, que a cada dia recheiam as páginas do Diário Oficial do Estado. A estratégia pode parecer perfeita, mas pode ser barrada por um detalhe: Martins é de uma astúcia fora do comum e dificilmente vai assistir inerte a Operação Gastança gestada e parida por Wellington Dias.
 


*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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