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Colunista João Carvalho
GP1

Wellington Dias foi alertado sobre fissuras na barragem ainda no seu 1º mandato


No governo Alberto Silva foi constatado uma fissura semelhante ao que aconteceu na barragem algodões. O governador ficou preocupado contratou os melhores especialistas da época (engenheiros holandeses) na área para proceder a injeções de concreto como forma de evitar que o sangradouro desgastasse a barragem, ou seja, que água retornasse em forma de redemoinho e não comprometesse a base a da barragem. Esse serviço dava melhor compactação ao sangradouro. A execução dessa obra foi feita na barragem de Piracuraca. Tem capacidade de cumulação de água de 250 milhões de metros cúbicos, cinco vezes maior que a de Algodões que são apenas 50 milhões. No primeiro mandato do governador Dias foi feito estudo pela COMDEPI com participação do engenheiro Diego Peruano, considerado um dos maiores especialistas na área, inclusive com formação na Rússia, alertando a necessidade de uma permanente manutenção e correção de fissura na barragem Algodões I. A execução do projeto custaria os cofres públicos R$ 450 mil reais. Por duas vezes o presidente da Comdepi à época apresentou projeto e solicitou a liberação dos recursos, o que foi negado pelo governador. Já agora, recentemente, poucos dias antes da tragédia, numa reunião que ocorreu na cidade de Cocal onde se avaliava a situação da Barragem Algodões, o engenheiro Diego peruano discordou do relatório do engenheiro Luiz Hernani. Em resposta o Luiz Hernani de forma grosseira disse que não aceitava "palpiteiro". A discordância foi pelo fato do Diego Peruano ter alertado que a barragem estava prestes a estourar. Irtritado, o engenheiro Luiz Hernani cunhou a seguinte expressão "não aceito palpiteiro aqui". Deu no que deu, o governador Wellington Dias (PT) desdenhou da competencia dos engenheiros da Terra admitindo apenas a posição do Hernanni que determinava o retorno das pessoas para suas casas nas proximidades da Barragem e daí deu o resultado: sete mortes confirmadas oficialmente e centenas de desabrigados, sem falar nos prejuízos financeiros sofridos pelas famílias.
 


*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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