Veja o quer pensa sobre o futuro dos jornais o herdeiro do maior grupo de comunicação do PI

Nunca vi e ouvi tanto pessimismo em uma indústria como a dos jornais nos EUA. Sem dúvida, circulação (jornais distribuídos) já vem caindo há 10 anos numa média de 3% ao ano. A publicidade no ano passado caiu 8% (devido à crise). Não só a internet "detonou" os caras que ganharam "dinheiro fácil" durante 1 SÉCULO, mas as malas diretas, promoções das empresas, telemarketing, celulares, TV a cabo, etc etc etc e tal; enfim, a pluralização dos canais e meios de se comunicar com o cliente.É impressionante ver os gringos tentarem nadar contra a maré. Mas quem imagina que essa é nossa realidade no Brasil, está enganado! De acordo com a ANJ ( Associação Nacional de Jornais), a média de crescimento no Brasil dos jornais em circulação ano passado foi de 8% a 11% e de venda de anúncios foi de 15% a 20% ( o que nos serve também em casa - JMN - de referência). Nossos jornais estão a todo vapor, mas uma pergunta não sai da minha cabeça... Precisamos de uma crise para reinventar nosso negócio? Sem dúvida num futuro próximo, não existirá uma empresa de jornal ou uma empresa de radio ou de tv, mas uma empresa de comunicação. Empresa esta focada no cliente e que tenta entender como esse cliente se comporta e quais as diferentes maneiras de se comunicar com a comunidade. E claro, focado no controle de custos ( é aí que eu estou vendo os gringos pirarem!!) Os jornais irão acabar?Sim, mas somente aqueles que não reinventarem seus negócios. E isto não é só uma tarefa, mas um dever de casa!O texto acima é de Daniel Guimarães, herdeiro do maior grupo de comunicação do Piauí, o Meio Norte, que na semana passada participou da visita técnica da Comissão da ANJ (Associação Nacional Jornais) aos principais jornais dos Estados Unidos. Na fotografia, Daniel Guimarães, está com Diego Quevedo (esquerda), diretor executivo do Correio Catarinense do Grupo RBS, e com Luiz Ciabotti Neto (direita), diretor executivo do Jornal da Manhã de Minas. (legenda da foto: Efrém Ribeiro).