Segundo o jornal, as movimentações foram prejudiciais à Prece, fundo de pensão dos funcionários da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) do Rio de Janeiro. A presidência da Cedae já coube a um aliado de Cunha.
No relatório, Cunha é apontado como responsável por ter anuído e se beneficiado de negócios realizados em seu nome intermediados pela corretora Laeta DTVM, caracterizada a realização de práticas não equitativas, estando configurada a conduta vedada em instrução da CVM.
A comissão apurou duas vezes as operações de 2002 e 2003. Um primeiro inquérito, aberto em 2005, encontrou prejuízos de 17 milhões de reais e acusou 93 pessoas e empresas. O segundo, aberto em 2012, indicou outros 39 milhões de reais em prejuízos, com suspeitas sobre 37 pessoas e empresas, incluindo Cunha.
Segundo a CVM, a fraude era realizada por meio da montagem de um esquema que gerou ‘ajustes do dia negativos (perdas) para os fundos da Prece e ajustes do dia positivos (ganhos)para determinados clientes’ das corretoras. Os lucros foram distribuídos entre pessoas jurídicas e físicas, entre elas Eduardo Cunha, em detrimento da Prece.
Segundo o jornal, os técnicos da CVM recomendaram que o relatório seja enviado ao Ministério Público Federal no Rio para subsidiar um inquérito civil sobre a Prece.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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