Jornal Diário do Povo (19):
Diário do Povo - O sr. é, efetivamente, candidato a governador ou essa definição ainda depende de pesquisa eleitoral ou outros entendimentos?
Marcelo Castro - Não existe isso. Se dependesse de pesquisa eu não seria candidato. Eu nunca fui colocado em nenhuma pesquisa.
DP - Então o sr. é candidato, de fato...
MC - Claro. Sou candidato. De todos os partidos que participaram do diálogo para escolha do candidato, todos foram unânimes em achar que meu nome era o que melhor congregaria e contemplaria todos eles. Em uma linguagem aritmética, o meu nome foi o denominador comum a todos os partidos. Os candidatos mais prováveis eram o (vice-governador) Zé Filho, se assumisse o governo, o (secretário de Governo) Wilson Brandão, se Wilson Martins ficasse no governo, ou o Sílvio Mendes, que sempre apareceu melhor nas pesquisas. E não há dúvida de que a popularidade do Sílvio sempre foi maior do que a minha. Ele foi prefeito da capital; eu nunca fui. Ele foi candidato a governador (em 2010), eu nunca fui. Por que o meu nome prevalesceu? Porque foi o que teve maior penetração entre todos os partidos. Quando se fez uma média, era o que mais aparecia. E na reunião na casa do governador, o meu nome foi incensado por todas as lideranças partidárias. Não tinha rejeição, não tinha problema que gerasse dificuldade de apoio.
MC - Não. O PMDB estava 100% fechado com o Zé Filho, sem nenhuma dissidência. O Zé Filho desistiu da candidatura e me apo-iou por livre e espontânea vontade. Eu estava segunda-feira (6 de janeiro), sentado aqui, nesta poltrona, com o deputado Themísto-cles Filho e o deputado Roncalli Paulo, 10 horas da noite, quando recebi um telefonema do Zé Filho. Estava vindo de reunião com o governador. "Marcelo, o Kléber Eulálio está aqui (em Teresina)?". "Não, o Kléber está em Picos. Eu estou aqui com o deputado Themís-tocles e o deputado Roncalli". "Pois pegue o deputado Themístocles e venha para a minha casa, que quero conversar com vocês". Quando chegamos lá, já estavam os outros deputados peemedebistas. E ele, de livre e espontânea vontade, disse que, àquelas alturas, reconhecia que o meu nome tinha maiores chances de vitória do que o dele.
DP - Ele colocou alguma condição para abrir mão e apoiar seu nome?
MC - Não. Não me foi imposta nenhuma condição. Todos são testemunha. Ele fez isso de uma maneira magnânima, desprendida, é uma pessoa que tem uma elevação de espírito muito grande, que tem nobreza de caráter. Não pediu nada. Fez porque julgou ser este o caminho mais fácil de a gente ganhar o governo do Estado.
DP - O sr. ficou satisfeito com o resultado das reuniões em Brasília, no início da semana, para tratar da candidatura e aliança com o PSDB?
MC - Fiquei sim. Tivemos um encontro com o vice-presidente da República, Michel Temer, que foi o motivo principal da minha ida a Brasília. Eu estava acompanhado do líder do PMDB na Câmara Federal, Eduardo Cunha, e do presidente em exercício do PMDB, senador Valdir Raupp. A cúpula nacional do partido ficou muito feliz com a minha pré-candidatura ao governo do Piauí. Na terça-feira, nós tivemos um encontro com a Executiva Nacional do PSDB - o senador Aécio Neves, que é pré-candidato a presidente, o senador Cássio Cunha Lima, da Paraíba, e o secretário geral do partido, ex-deputado federal João Almeida. Aqui do Piauí estavam o prefeito Firmino Filho, o presidente regional do PSDB, Marden Menezes, e o ex-prefeito Sílvio Mendes, além do deputado Átila Lira e do governador Wilson Martins. Foi uma conversa longa, muito amigável. A Executiva do PSDB estimulou esse arranjo que fizemos aqui, com minha candidatura, do Sílvio como vice e do Wilson Martins como senador. O Aécio Neves disse que se sentia muito seguro em estimular esse arranjo porque sabe que será em favor não dos partidos e das pessoas, mas em favor do Piauí. Ficamos muito empolgados com este diálogo.
Diário do Povo - O sr. é, efetivamente, candidato a governador ou essa definição ainda depende de pesquisa eleitoral ou outros entendimentos?
Marcelo Castro - Não existe isso. Se dependesse de pesquisa eu não seria candidato. Eu nunca fui colocado em nenhuma pesquisa.
DP - Então o sr. é candidato, de fato...
MC - Claro. Sou candidato. De todos os partidos que participaram do diálogo para escolha do candidato, todos foram unânimes em achar que meu nome era o que melhor congregaria e contemplaria todos eles. Em uma linguagem aritmética, o meu nome foi o denominador comum a todos os partidos. Os candidatos mais prováveis eram o (vice-governador) Zé Filho, se assumisse o governo, o (secretário de Governo) Wilson Brandão, se Wilson Martins ficasse no governo, ou o Sílvio Mendes, que sempre apareceu melhor nas pesquisas. E não há dúvida de que a popularidade do Sílvio sempre foi maior do que a minha. Ele foi prefeito da capital; eu nunca fui. Ele foi candidato a governador (em 2010), eu nunca fui. Por que o meu nome prevalesceu? Porque foi o que teve maior penetração entre todos os partidos. Quando se fez uma média, era o que mais aparecia. E na reunião na casa do governador, o meu nome foi incensado por todas as lideranças partidárias. Não tinha rejeição, não tinha problema que gerasse dificuldade de apoio.
Imagem: Germana Chaves/GP1Marcelo Castro
DP - O sr. considera a possibilidade de o vice-governador Zé Filho, assumindo o governo em abril, decidir ser candidato?MC - Não. O PMDB estava 100% fechado com o Zé Filho, sem nenhuma dissidência. O Zé Filho desistiu da candidatura e me apo-iou por livre e espontânea vontade. Eu estava segunda-feira (6 de janeiro), sentado aqui, nesta poltrona, com o deputado Themísto-cles Filho e o deputado Roncalli Paulo, 10 horas da noite, quando recebi um telefonema do Zé Filho. Estava vindo de reunião com o governador. "Marcelo, o Kléber Eulálio está aqui (em Teresina)?". "Não, o Kléber está em Picos. Eu estou aqui com o deputado Themís-tocles e o deputado Roncalli". "Pois pegue o deputado Themístocles e venha para a minha casa, que quero conversar com vocês". Quando chegamos lá, já estavam os outros deputados peemedebistas. E ele, de livre e espontânea vontade, disse que, àquelas alturas, reconhecia que o meu nome tinha maiores chances de vitória do que o dele.
DP - Ele colocou alguma condição para abrir mão e apoiar seu nome?
MC - Não. Não me foi imposta nenhuma condição. Todos são testemunha. Ele fez isso de uma maneira magnânima, desprendida, é uma pessoa que tem uma elevação de espírito muito grande, que tem nobreza de caráter. Não pediu nada. Fez porque julgou ser este o caminho mais fácil de a gente ganhar o governo do Estado.
DP - O sr. ficou satisfeito com o resultado das reuniões em Brasília, no início da semana, para tratar da candidatura e aliança com o PSDB?
MC - Fiquei sim. Tivemos um encontro com o vice-presidente da República, Michel Temer, que foi o motivo principal da minha ida a Brasília. Eu estava acompanhado do líder do PMDB na Câmara Federal, Eduardo Cunha, e do presidente em exercício do PMDB, senador Valdir Raupp. A cúpula nacional do partido ficou muito feliz com a minha pré-candidatura ao governo do Piauí. Na terça-feira, nós tivemos um encontro com a Executiva Nacional do PSDB - o senador Aécio Neves, que é pré-candidato a presidente, o senador Cássio Cunha Lima, da Paraíba, e o secretário geral do partido, ex-deputado federal João Almeida. Aqui do Piauí estavam o prefeito Firmino Filho, o presidente regional do PSDB, Marden Menezes, e o ex-prefeito Sílvio Mendes, além do deputado Átila Lira e do governador Wilson Martins. Foi uma conversa longa, muito amigável. A Executiva do PSDB estimulou esse arranjo que fizemos aqui, com minha candidatura, do Sílvio como vice e do Wilson Martins como senador. O Aécio Neves disse que se sentia muito seguro em estimular esse arranjo porque sabe que será em favor não dos partidos e das pessoas, mas em favor do Piauí. Ficamos muito empolgados com este diálogo.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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