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Colunista Feitosa Costa
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Estratégia de Wellington Dias previa Zé Filho como adversário e apoio de parte do PMDB


O PT não acreditava que Wiilson Martins e Moraes Souza Filho chegassem a um acordo para apresentar o deputado federal Marcelo Castro como candidato a governador. A estratégia de Wellington Dias foi colocada sob a expectativa de que o nome de Wilson seria mesmo Zé Filho. A partir daí o senador acreditava que conseguiria conquistar "uma banda" do PMDB, contando até mesmo com nomes notórios do partido.
Imagem: ReproduçãoEx-governador Wellington Dias (PT)(Imagem:Reprodução)Ex-governador Wellington Dias (PT)
O senador achava que depois do lançamento de Moraes Souza, e vencido o prazo legal de registro de candidatura, conseguiria pouco a pouco a adesão de lideranças do PMDB. Contava até mesmo com a adesão de Kleber Eulálio, prefeito de Picos e nome emblemático da legenda de Michel Temer no Piauí.

Até mesmo a adesão do deputado Marcelo Castro, hoje seu ferrenho adversário, era colocada no leque de possibilidades pelos estrategistas do PT. Wilson Martins se antecipou e conseguiu um acordo que era visto como possível, mas muito difícil de acontecer. Por isso o PT foi surpreendido. Prudente, Wellington se retirou um pouco da cena para deixar a poeira assentar e estudar melhor o novo quadro.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Zé Filho(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Zé Filho
Tarimbado e inteligente como poucos políticos nascidos neste país, o mineiro Tancredo Neves dizia que em determinados momentos é bom observar o choque das ondas na praia para depois estudar a espuma.

Os dois candidatos têm muitos pontos positivos e muitos vulneráveis. O discurso pesado não interessa a nenhum dos dois. Como candidato a governador, Marcelo é mais novidade que Wellington, mas como políticos os dois estão longe de ser inovação. Caminharam lado a lado pelos corredores do poder nos últimos 10 anos e fizeram louvação ao mesmo chefe.

Psiquiatra e dado à tolerância, Marcelo pode impor a novidade do seu discurso por não ter sido governador; pode pedir a confiança do eleitorado e fazer promessas.

A Wellington resta enfatizar as "realizações" dos sete anos que governou o Estado e dar as explicações que considera pertinentes.


*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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