Moraes Souza retoma o discurso de candidato se condições que impôs não forem cumpridas

O vice-governador Moraes Souza Filho não desistiu exatamente de ir para a reeleição no caso de assumir o Governo no dia 5 de abril próximo. Na realidade, ao convocar Marcelo Castro para oferecer-lhe a candidatura, ele o fez sob condições que, uma vez não cumpridas, servirão de plataforma para a retomada do discurso de candidato com imaginada compreensão popular.

As condições colocadas são perfeitamente naturais em política.

A primeira delas é a capacidade de aglutinação dos partidos que defendem a candidatura governista, principalmente do PMDB, que Marcelo Castro deve mostrar até a data limite. Setores do próprio PMDB diziam que o vice não tinha esse poder.
Muitas vezes se ouviu em ambientes bem freqüentados por peemedebistas que Moraes Souza não unia o partido "porque fulano não vota nele, beltrano também não vota".

Pois agora Marcelo terá que mostrar essa capacidade numa proporção muito superior à de Moraes Souza ou cai por terra o argumento utilizado para remover o vice.

Feito isso, o filho dos falecidos e saudosos Antônio José e Mana Moraes Souza, assume o Governo e honra o compromisso.

Uma outra condição é Marcelo Castro se manter bem nas pesquisas até a convenção, conseguindo números que o vice não havia conseguido até a divulgação do acordo karnaquiano.
Por último, uma parte pragmática, como não poderia deixar de existir: Marcelo deve abrir mão de seus colégios eleitorais de deputado federal em favor de um nome indicado pelo vice-governador.

Nesse item o deputado Marcelo Castro oferece resistência e conversa com sua família sobre o assunto. O bom para o clã seria Marcelo candidato ao Governo e um membro da família deputado federal com relativa facilidade.