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Colunista Feitosa Costa
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Justiça apura se caixa do Hiper Bom Preço foi envenenada e jogada no rio pelo marido


Assistente de caixas do Hiper Bom Preço do Teresina Shopping e vendedora de bijuterias nas horas vagas, Josélia do Nascimento Fontenele, mãe de dois filhos, 31 anos, pode vir a ser considerada a mulher que mais sofreu violência doméstica dos últimos anos no Piauí se o Tribunal Popular do Júri acatar o relatório da delegada Bela Alexandra dos Santos Alves da Silva que narra uma seqüência de horrores de que Josélia teria sido vítima a partir do seu suposto envenenamento gradativo pelo marido até o encontro do seu corpo, boiando nas águas do rio Parnaíba à altura do povoado Mocambinho, município de Buriti de Inácia Vaz, Maranhão.

No inicio desta semana o juiz presidente do Tribunal Popular do Juri, Antônio de Jesus Noleto, promoveu uma audiência de instrução em que foram ouvidas algumas testemunhas, na presença do principal suspeito, o marido de Josélia, sargento reformado do Exército Nilson José da Luz Nascimento, de 38 anos. Nessa audiência, em que funcionou pelo Ministério Público o promotor Ubiraci Rocha e na defesa o advogado Nazareno Weimar Thé, houve um momento particularmente delicado: uma menina de 11, filha do casal, foi ouvida como testemunha. O julgamento de Nilson, que quando na ativa do Exército esteve na Selva Amazônica, será realizado ainda este ano.

A história

Essa triste história começa no final da tarde do dia 29 de abril de 2009 quando a família da comerciaria foi informada por algumas de suas colegas do Hiper Bom Preço de que naquele dia ela não havia comparecido ao trabalho. Imediatamente o fato foi considerado grave porque a moça não costumava faltar e neste caso teria comunicado a sua mãe ou irmãos, com quem conversava todos os dias, sem falhas, pelo telefone.

A primeira providência foi ligar para Nilson José da Luz, o marido, apesar de o relacionamento deste com a família da mulher estar bastante desgastado. Ele respondeu que não sabia notícias de Josélia, que procurassem junto a suas amigas. Mais tarde, concordou em fazer uma busca tendo em seu carro familiares da esposa.Foram a uns dois hospitais e nada obtiveram.

No dia 02 de maio uma moradora das margens do Baixo Parnaíba, no povoado Mocambinho, Buriti de Inácia Vaz, "acostumada a ver corpos boiando e descendo", gritou para as colegas : "minha gente, vamos ver esse corpo, parece de uma mãe de família".A seguir conseguiram levá-lo para terra e chamaram um policial da cidade. Algumas fotografias foram tiradas e depois a polícia decidiu fazer o sepultamento num terreno perto do rio devido ao avançado estado de decomposição. As fotos, porem, retratavam perfeitamente o rosto daquela mulher...

Como a família descobriu que o corpo era o de Josélia e em que circunstâncias foi jogado no rio Parnaíba, segundo a investigação, este portal dará detalhes amanhã, numa seqüência de três matérias do repórter Feitosa Costa.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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