A Coluna traz nesta quarta-feira (11) como atuava o núcleo de fornecedores de drogas para uma grande célula do Bonde dos 40, chefiada por Laércio Augusto Oliveira Dias, o qual atua de forma permanente em uma estrutura ordenada e integrada por seus parentes próximos e por uma rede de outros faccionados. Os seis investigados citados hoje pertencem a um grupo de 34 integrantes da facção, que foram denunciados à Justiça pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Maranhão, no bojo da Operação Cela 3, deflagrada em 12 de agosto deste ano nas cidades de Teresina-PI, Timon-MA, São Luís-MA, além dos municípios de Cáceres e Cuiabá, no estado do Mato Grosso.
A segunda denúncia do GAECO alcança o denominado “Núcleo de Fornecedores”, formado por Michel da Silva, vulgo “Mimi”, Carla Aparecida Ramos da Silva, Vilson Carlos Lopes, Natália Gomes dos Santos, Fabiana Karla Torquato e Paulo Henrique Nunes Pereira, todos denunciados por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro para a célula do Bonde dos 40.
A investigação capitaneada pela 1ª DECCOR, que tem à frente do delegado Ricardo Herlon, em conjunto com o GAECO, por meio do promotor Francisco Fernando, identificou que a referida célula do Bonde dos 40 mantém conexão direta com uma organização criminosa sediada em Mato Grosso, cujo chefe trata-se de Michel da Silva, vulgo Mimi.
O grupo comandado por “Mimi” possui uma estrutura complexa integrada por várias pessoas, com divisão de tarefas definidas, dentre as quais, assume os encargos de fornecimento de drogas para o Bonde dos 40, notadamente de pasta base ou cloridrato de cocaína, mantendo, ainda, uma rede de pessoas responsáveis por fornecer seus nomes e contas bancárias para a ocultação da origem e do destino das quantias ilícitas, bem como realizar transporte da droga até o Maranhão, pelas rodovias nacionais.
Para o GAECO, as principais conexões de Mimi com o Bonde dos 40 acontecem por meio do casal Vilson Carlos Lopes e Natália Gomes dos Santos, bem como mediante contato direto com o próprio líder Laércio Augusto Oliveira Dias, líder da célula do Bonde dos 40.
Nesse contexto, a investigação apontou que no dia 17 de janeiro de 2023, com a prisão Nádia da Silva Portugal, os policiais apreenderam 3,2Kg de pasta base de cocaína que estava sendo transportada para a cidade de Timon em um ônibus da empresa Guanabara, por determinação de seu chefe, Laércio Augusto Oliveira Dias. A cocaína havia sido comprada justamente de Michael da Silva, que contou com o casal Vilson e Natália, que juntos colaboraram ativamente para a distribuição e o transporte da droga para Timon-MA.
Conexões entre os demais investigados
Os demais investigados Natália Gomes dos Santos, Fabiana Karla Torquato e Paulo Henrique Nunes Pereira surgem na investigação, a partir de transações financeiras discrepantes dos integrantes do grupo, que por vez movimenta dinheiro oriundo do tráfico de drogas e em outro momento negocia entorpecentes da organização criminosa do Mato Grosso para Laércio.
Rapidinhas
DHPP faz buscas a quatro acusados de tentar matar sargento
O delegado Bruno Ursulino já identificou três adolescentes, além de um adulto envolvidos na tentativa de latrocínio do sargento J. Oliveira, nessa segunda-feira (09).
Segundo o delegado, dos cinco criminosos que conseguiram escapar do local do crime um deles, identificado como João Pedro, foi preso pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) ao se apresentar voluntariamente na sede da delegacia, horas após a ocorrência.
Os demais já foram identificados. São três menores e um adulto, todos da região conhecida como Laje, palco de várias operações do DRACO nos últimos anos. Segundo levantamento, eles integram a facção Bonde dos 40 e possuem um lastro de crimes na área.
Jovem foi morto quando conversava ao telefone, diz Barêtta
O diretor do DHPP, delegado Barêtta, afirmou que o jovem de 21 anos, identificado como Marcos Adriel Pereira da Silva, falava ao telefone quando foi assassinado a tiros disparados a uma distância de cerca de 15 metros de distância. Para o diretor do DHPP, não há dúvidas de que ele era o alvo da ação criminosa.
“Esse rapaz estava ao telefone conversando com outra pessoa, quando chegaram dois indivíduos em uma moto, a uma distância de 15 metros, e começaram a efetuar vários disparos. Levantamos, preliminarmente, que ele teve passagem pela polícia quando menor e estamos fazendo o levantamento sobre dele, que é viciado em droga, frequentava boca de fumo e tinha envolvimento com outras situações”, disse Barêtta.
Esse foi o segundo registro de homicídio ocorrido na região da Grande Santa Maria da Codipi. No último sábado (07), o proprietário de um bar, localizado na Avenida Poti Velho, foi encontrado morto na região do residencial Jacinta Andrade, com várias marcas de disparos de arma de fogo.
Os dois casos estão sob responsabilidade do delegado Robert Lavor.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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