Os advogados Francisco das Chagas Sousa, Guilherme de Carvalho Goncalves Sousa e o empresário João Paulo de Carvalho Gonçalves Rodrigues, dono do Frango Potiguar, acusados de assassinar os adolescentes Anael Natan Colins Souza da Silva, 17 anos, e Luian Ribeiro de Oliveira, de 16 anos, estão presos na Penitenciária Irmã Guido, localizada na zona sul de Teresina.
Por possuírem prerrogativas por serem advogados, Francisco das Chagas e o filho, Guilherme de Carvalho, deveriam ter sido encaminhados para uma Sala de Estado Maior, contudo os acusados foram levados para uma cela especial em unidade prisional que abriga presos comuns.
Isso porquê, em recente decisão, a Sexta Turma do Tribunal Superior de Justiça entendeu que a existência de cela especial em unidade penitenciária, com instalações condignas e separada dos demais detentos, supre a exigência de sala de Estado-Maior para o advogado.
A família permaneceu unida na cadeia, no entanto, como o empresário João Paulo não possui curso superior, ele encontra-se recluso em uma cela diferente na mesma unidade penitenciária, enquanto aguarda a instrução processual.
Prisões
O empresário João Paulo de Carvalho Rodrigues, dono do Frango Potiguar, foi preso novamente no dia 08 de fevereiro, junto do tio Francisco das Chagas Sousa e do primo Guilherme de Carvalho Gonçalves Sousa.
Eles são investigados sob suspeita de terem participado do assassinato dos adolescentes Anael Natan Colins Souza da Silva, 17 anos, e Luian Ribeiro de Oliveira, de 16 anos, encontrados mortos às margens da PI 112 em novembro de 2021.
Investigações ainda em curso
Ao colunista, nesta sexta-feira (11), o diretor do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Francisco Costa, o Barêtta, afirmou que a partir de agora só irá se pronunciar sobre o caso, após a finalização do inquérito policial que deverá preencher demais lacunas até o relatório final.
“Motivação” do assassinato
Em entrevista exclusiva ao GP1 na última quarta-feira (09), o delegado Luiz Guilherme, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), revelou a versão apresentada pelo advogado Guilherme de Carvalho Gonçalves Sousa sobre o que teria “motivado” o assassinato de Anael e Luian.
De acordo com o delegado, o advogado Guilherme de Carvalho disse em depoimento que a invasão dos adolescentes à residência de sua família foi o estopim de uma situação que já era corriqueira e irritava os moradores da propriedade. “Ali [a invasão] foi o estopim de uma situação que acontecia corriqueiramente na casa, porque ao lado funcionava uma boate clandestina e eles não conseguiam dormir de quinta a domingo. Fizeram vários BO na delegacia do silêncio, de crimes ambientais e, inclusive, acionaram o Ministério Público e nunca conseguiram fechar a boate. Segundo ele, a invasão de dois jovens em uma madrugada de estresse grande em razão do barulho causou uma raiva, revolta grande no pai e no filho”, afirmou o delegado Luís Guilherme.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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