Dando sequência à série de entrevistas com os candidatos à Câmara Federal, a TV GP1 conversou, nesta sexta-feira (23), com Nel Lopes, do PTB, que concorre como deputado federal nestas eleições.
Durante a conversa, o candidato ressaltou que, caso seja eleito, irá fortalecer em Brasília a mobilização pelos pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Nel Lopes também destacou suas propostas para os setores da saúde e educação.
Veja a entrevista na íntegra:
Candidato, nós sabemos que uma das funções do deputado federal na câmara é a apresentação de projetos de lei. Caso o senhor seja eleito, quais serão os seus projetos?
Na realidade, lei é só o que nós temos nesse país. Eu vou fortalecer o cumprimento de algumas leis. O candidato que vem aqui dizer que vai fazer lei para isso [ou aquilo] pode ir atrás que já existe. Eu vou fortalecer algumas leis que não estão sendo cumpridas. Vou fortalecer inclusive o impeachment do senhor Alexandre de Moraes, Barroso, do seu Fachin, que estão fazendo um ativismo político vergonhoso que não é pra ser. Eles têm que ser guardiões da nossa Constituição. Eu, como parlamentar, deputado federal, eleito pelo povo do Piauí, eu vou fazer valer aquele primeiro artigo da Constituição que diz que todo poder emana do povo. Nós não temos medo de falar que é de nossa liberdade de expressão, está aí, um deputado federal recentemente preso por expressar o seu pensamento enquanto está lá no artigo 53 que ele tem o direito constitucional de falar, de voto e de tudo. Então, eu não aceito isso, não tenho medo de falar, digo aquilo que o povo vai estar em sintonia. Eu vou estar em sintonia com o povo que me elegeu do Piauí, pois é para eles que eu devo satisfação, além de dar tranquilidade política e governamental ao nosso presidente Bolsonaro.
Candidato, nós sabemos que o PT tem uma presença muito forte aqui no estado e que há uma polarização muito grande também no Brasil. Agora, há a disputa entre o Bolsonaro e o Lula. Caso o Lula seja eleito como presidente da República, como o senhor manterá essa comunicação com o governo federal?
Essa hipótese não faz parte do meu vocabulário, não faz parte da vontade popular. Você pode ver que onde o presidente Bolsonaro anda, o povo está atrás. Espontaneamente, se ele chega no aeroporto é lotado, se ele vai numa motociata, numa carreata, tudo é lotado e o ex-presidiário é preso entre quatro paredes, não aparece em público, não sai nas ruas. Então, como bem diz o vice dele, ele quer voltar à cena do crime, mas isso não vai acontecer. Nós não poderemos mais retroagir, voltar ao tempo da malandragem, do roubo, da fake news, da mentira, da enganação, pois ele já foi preso, Zé Dirceu foi preso, todos os três ex-presidentes do partido foram presos, condenados, o próprio Palocci mesmo, devolveu R$ 100 milhões, para o cara devolver R$100 milhões é porque roubou muito. Então, o povo brasileiro que já acordou pra isso, não tem a mínima chance desse ex-presidiário voltar ao poder.
Candidato, nós também sabemos que a segurança do estado do Piauí está numa situação caótica com a inserção de facções criminosas, como o Bonde dos 40, Comando Vermelho e PCC. Como o senhor pretende coibir essa criminalidade ao ser eleito como deputado federal?
Eu, como parlamentar e como ativista político, vou fazer todos os esforços para que aumente o nosso efetivo, para que invistam mais na inteligência da polícia. Esse governo do PT é um desastre, quatro mandatos do Wellington Dias e não tem uma medida em favor da segurança do Piauí. Nós temos o nosso efetivo piauiense que nos assiste agora no GP1, aqui na TV GP1. O efetivo ainda do mesmo tempo que Freitas Neto governou o Piauí. Então, como nós podemos admitir disso? A população do Piauí cresceu assustadoramente, os municípios cresceram e a segurança nada. Então é por isso que o caos está aí. Infelizmente nós ouvimos notícias de policiais sendo assassinados por bandidos pela turma do PCC e tudo. Então o que é que nós temos? Nós temos que urgentemente, com o nosso governador Sílvio Mendes fortalecendo lá em Brasília, mandar verba para a segurança, para que ele possa mudar urgentemente a situação, que está triste aqui no Piauí. Efetivamente, não temos realmente segurança hoje. Nós estamos entregues a Deus em primeiro lugar e em segundo lugar a sorte mesmo. As pessoas saem de casa hoje e não sabem se vão voltar. Não tem segurança, a todo momento você está vendo aí nas ruas assaltos, sequestro, roubo de carro, tudo. Porque o Piauí está entregue ao desastre administrativo que foi esses quatro mandatos do seu Wellington Dias.
Candidato, ainda falando sobre segurança, o senhor é a favor do armamento da população?
Com certeza, com certeza. Eu acho que todos nós temos o direito de nos proteger, né? Você pode ver a falácia da esquerda, do comunismo, o primeiro ato tá lá no mandamento dele, primeiro ato é desarmar a população, pra ficar uma presa fácil para eles. Então, os ditadores exigem isso. Os países que têm direito à arma, podem observar que tem menos violência. Esse negócio de dizer que vai aumentar a violência, não aumenta não. Antigamente aqui todos nós já andávamos armados e sabíamos nos proteger. Então, o bandido quando vai entrar numa casa que realmente ele sabe que aquela casa pode ter uma pessoa armada, ele pensa duas vezes antes de entrar.
Agora, falando um pouquinho sobre a educação. Candidato, sabemos que tem muita desigualdade no nosso estado sobre o ensino privado e público. Como que o senhor pretende fazer com que os alunos piauienses tenham mais oportunidades?
Eu quero até agradecer a pergunta, [pois essa é a área] que mais deixou a desejar no governo do seu Wellington Dias. Foi uma tragédia os quatro mandatos dele na educação. O Piauí hoje amarga os piores indicadores da educação do Brasil. Hoje nós vemos aqui a vergonha que nós passamos recentemente com a operação Topique, que a polícia federal foi na residência oficial do governador. Foi no gabinete dele, do Palácio do Karnak, foi no gabinete da Rejane Dias. Então, [juntamente com] o secretário de educação lá em Brasília, desviaram R$119 milhões dos transportes escolares. O ano letivo de 2022 está comprometido, aquelas pessoas que dependem da escola pública estadual estão comprometidas. O ano letivo está comprometido porque foram 145 dias de greve. Sabe por quê? Porque o presidente Bolsonaro deu o maior aumento do piso salarial dos professores, de 33,24%, e esse governador irresponsável do seu Wellington Dias, seu Rafael Fonteles, não cumpre a lei do piso nacional e não paga aos professores.
Então, caso eleito, uma das bandeiras que o senhor vai defender é a defesa do piso salarial aos professores?
Com certeza, não tenha nem dúvidas disso, eu acho que o professor é o nosso mestre. Então eu acho que essa classe era que deveria ser a mais beneficiada de todas. Além disso, nós passamos momentos muito difíceis por conta da pandemia.
A nossa saúde está com muitas deficiências. Como o senhor planeja reaver isso?
Outro desastre desse governo Wellington Dias. O nosso presidente Bolsonaro enfrentou a maior crise mundial que foi essa pandemia da covid-19. Trouxe uma tragédia. [Além disso,] aqueles que diziam assim: “fique em casa que a economia a gente vê depois”, falharam e falharam muito. Esse governador Wellington Dias, o senhor Florentino Neto, secretário que agora quer ser deputado federal, mentiu e mentiu muito para a população do Piauí, nunca compraram uma só vacina, mas todo o dia estavam na televisão mentindo [dizendo que iam] comprar vacina. Toda vacina que está no seu braço foi disponibilizada pelo Governo Federal, pelo governo Bolsonaro, e mais, quem não tomou é porque tem o direito constitucional de não querer, mas tem vacina pra todo mundo. Recursos [foram mandados] em abundância. Foi a maior transferência emergencial de renda para aquelas pessoas que mais precisavam no momento. Foi o equivalente a dez anos de Bolsa Família o que o presidente Bolsonaro mandou pra essas pessoas em ajuda emergencial na crise da covid-19.
Candidato, caso eleito, como o senhor pretende sanar essas dificuldades?
Na realidade, essas dificuldades têm que ser sanadas pelo executivo, né? Nós, parlamentares, nos cabe fiscalizar, e fazer boas leis, fazer cumprir as leis que já existem, e também mandar recurso, né? Isso aí não tenha dúvidas, eu vou estar vigilante, sempre em sintonia com aquele povo do meu querido estado do Piauí, que é quem vai me mandar lá pra Brasília pra lutar e trabalhar por eles. Essa é a função de um deputado federal, [aqueles candidatos] que vem pra cá dizer que vai fazer calçamento é mentiroso, quem está dizendo sou eu. É mentira dele. O parlamentar que executa, quem constrói, quem faz é o executivo. Nós apenas fiscalizamos e apresentamos projetos de lei, fazemos cumprir a lei e disponibilizamos recursos para que as coisas aconteçam.
Visualizando a sua eleição, candidato. Caso o senhor já esteja na Câmara, qual será o seu posicionamento a respeito do foro privilegiado?
É uma excrecência. Eu vou trabalhar fortemente pra que isso acabe. Nós somos iguais. Todos nós somos iguais. Assim está na bíblia, Deus diz que ninguém é superior nem inferior a ninguém. Por que que eu vou ter privilégio de ter foro privilegiado? Nada. Eu não sou bandido, eu não estou indo pra lá pra roubar dinheiro público, eu estou indo pra lá trabalhar por esse povo que aí está. E digo isso tranquilamente. Sou totalmente contra o foro privilegiado.
Além disso, por conta dessa instabilidade do preço da gasolina, uma pauta que entrou em questão tanto pro brasileiro pro piauiense foi a questão da privatização ou desestatização da Petrobras. Qual será o seu posicionamento na câmara?
Meu posicionamento é mandar um recado aí pra essa turma do mal, capitaneada pelo seu Wellington Dias, seu Rafael, dona Regiane Dias, dona Regina Sousa, que disse que o problema não era o ICMS, vocês perderam mais uma vez, vocês mentiram pra população do Piauí. Está aí a gasolina hoje a 5 reais, o óleo caindo assustadoramente, o álcool já está a menos de 4 reais. Então, vocês perderam, o povo ganhou mais uma vez. E quero dizer que sou a favor totalmente das privatizações, como por exemplo: estádio de futebol e estrada. Da Petrobras também sou a favor. Agora, porque eu não sou a favor da privatização do SUS? Porque a saúde, a educação, serviço social e segurança são coisas essenciais e que o governo tem que ter o braço forte. Trabalhar forte para as pessoas que forem fazer. Agora o resto pode privatizar tudo. Eu sou a favor do estado mínimo, um estado pequeno e eficiente. Que chegue até o cidadão que precisa de uma saúde de qualidade, de segurança de qualidade, educação de qualidade e serviço social de qualidade, o resto pode privatizar, sou contra não.
Agora, nós vamos começar a segunda parte da nossa entrevista em que o candidato irá responder as perguntas pingue-pongue, apenas dizendo se é a favor ou contra,não justificando sua resposta.
Aborto?
Contra.
Cotas raciais?
Contra.
Descriminalização da maconha?
Contra.
Adoção de crianças por casais homoafetivos?
A favor.
Ideologia de gênero nas escolas?
Sou contra.
Criminalização do comunismo?
Comunismo não deu certo em canto nenhum do mundo. Sou contra.
Privatização do SUS?
Sou contra.
Privatização das universidades públicas?
Sou contra.
Redução da maioridade?
Sou a favor.
Linguagem neutra?
Contra.
Considerações Finais:
Piauiense, sou Nel Lopes, candidato a deputado federal com o número 1433. Lancei o desafio, preciso de 150 mil votos nos piauienses, dos conservadores, cristãos, bolsonaristas e dos amigos. Estou na mão de vocês. Se quiserem me mandar pra lá, minha história de vida vocês já conhecem. Sou Nel do Avança Piauí. Aquele Nel que sempre esteve presente nas grandes causas e lutas do nosso Piauí, lutando por liberdade, pelo nosso direito de ir e vir. E quero encerrar dizendo, o futuro não é o que tememos, é o que ousamos e minha maior ousadia foi nunca me calar diante das injustiças, das mentiras e da corrupção que assombra e assola o meu querido e amado Piauí. Nel Lopes 1433, preciso do seu voto.
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