Dando sequência a série de entrevistas com os candidatos a Câmara Federal, a TV GP1 conversou, nesta quarta-feira (31), com o coronel Viana, do Partido Liberal, que concorre ao cargo de deputado federal nestas eleições.
Durante a conversa, o coronel da Polícia Militar do Piauí falou sobre diversos temas, dentre eles, detacou que propõe reduzir a criminalidade no estado e combater as facções criminosas promovendo policiais militares que matarem bandidos em combate. "Todos aqueles policiais militares em combate que matassem um bandido, eu o promoveria por ato de bravura", frisou o candidato, que ainda propôs soluções para melhorar a situação da educação e saúde no estado do Piauí.
Leia a entrevista na íntegra:
Uma das funções de um deputado federal é a elaboração de leis. Caso o senhor seja eleito, quais serão seus projetos para a Câmara?
Você pode ter certeza que se o coronel Viana for eleito minhas bandeiras serão duas: educação e segurança, porque segurança, eu já milito nessa área há 34 anos. Há 34 que sou policial militar e conheço. Tenho conhecimento teórico e prático, porque fiz academia, fiz pós-graduação na área de Segurança, então, o meu investimento maior será na área de segurança. Então, se o governo não investe em segurança pública, as outras bandeiras são deixadas pra lá, por exemplo: não se tem educação, não se tem saúde se não tem segurança pública. Você imagina a importância da polícia é se de repente toda a polícia parar, ninguém sai as ruas. Então, a minha bandeira maior será segurança e educação.
Candidato, como o senhor avalia a bancada piauiense na Câmara Federal?
A nossa bancada federal não tem nenhuma atuação. Nenhuma atuação. Por exemplo, nós temos um policial militar, um capitão, e aí eu pergunto: qual foi o investimento que ele fez na área de segurança pública? Se nós sabemos que esses oito anos em que ele está a frente da Câmara Federal não houve nenhum investimento. Então, não existe nenhuma representatividade. E outra coisa: estão se repetindo as mesmas pessoas o tempo todo, então nós temos que mudar.
Candidato, agora falando um pouquinho sobre segurança pública, sabemos que o Piauí vive um dos piores momentos na segurança e que Teresina foi eleita a 4ª capital mais violenta, tendo também as facções dominando o estado, como o PCC, Bonde dos 40 e o Comando Vermelho. Caso eleito, como o senhor pretende transformar essa situação?
Você falou um ponto bastante importante, é a questão da situação em que o Estado se encontra. Em 2002, quando o PT assumiu o Governo do Estado do Piauí, nós éramos o segundo estado mais seguro do Brasil, perdendo só para Santa Catarina. Hoje, como você bem colocou, nós somos o quarto mais violento. Por que as facções entraram? Fragilidade do estado! Quando o estado é frágil, não investe em segurança, em nada, em saúde, em educação, acontece isso, eles invadem. Se o estado é fraco, eles entram, para você ter uma ideia, tem pessoas que já defendem as facções, porque as facções estão fazendo a função do estado. Tem locais aqui em Teresina em que as facções entram e não deixam ninguém roubar, ou seja, aqueles pequenos furtos não existem, mas, em contrapartida, os homicídios aumentaram, eles tomam de conta. Como foi que elas entraram? Entraram por Parnaíba, e estão entrando agora por Picos, abriram as portas. Entraram por Parnaíba, passaram por Piripiri, até Campo Maior, e chegaram aqui em Teresina. Existe como se combater? Existe, tudo tem jeito, só não tem jeito para a morte, agora, a cada época que passa, piora a situação, então nós temos que estancar agora! Como estancar? É uma guerra, uma guerra não declarada, em que o lado do mal tem toda assistência jurídica, porque as leis os beneficiam, a lei beneficia a bandidagem. Então, como combater? Fazendo como o coronel Viana fazia em Picos, sabe o que eu fazia em picos? Não é fazer apologia ao crime, é falar a verdade, nós temos que ser incisivos. Em Picos eu dizia, quase todo dia eu estava na imprensa, porque a Polícia Militar tem a responsabilidade e obrigação de dar satisfação, e através da mídia que nós damos satisfação. O que eu dizia lá: “aqui, bandido assaltou, roubou, puxou arma, ele desce as cordas”. Eu tinha esse jargão, desce as cordas! Se o policial militar sai e é treinado para atirar, sai com a arma do lado, não é para brincar não. Aquilo não é para brincar. Em Picos eu cansei de dizer: “se puxar a arma desce as cordas”, e lá descia mesmo. Então tem que ter respeito, uma coisa é você falar com o cidadão, bandido só ouve a questão do chumbo. Bandido não tem outra conversa. Eu não estou fazendo apologia, sempre eu repito, eu acho que tem que se dar oportunidade às pessoas, dar trabalho, mas bandido que é bandido, principalmente traficante, tem que descer as cordas.
Aproveitando esse assunto, o senhor é a favor do porte de armas para a população?
Sim, baseado inclusive em estatísticas. As pessoas que não têm conhecimento ficam falando asneiras, dizendo: "ah, todo mundo vai se armar". Não! Vá tirar um porte de arma para você ver a dificuldade. A dificuldade continua a mesma coisa, tem um estudo da sua vida pregressa, tem que fazer um teste psicotécnico, tem que atirar, então não é fácil, não é para qualquer pessoa. Então tem que ter, o cidadão tem que ter arma, então eu sou a favor. Vamos para dados estatísticos: Estados Unidos, que é o país onde há mais cidadãos armados, lá o índice de homicídios com arma é cinco vezes menor no Brasil, então isso aí explica.
Caso eleito, como o senhor planeja promover a proteção dos seus policiais, e julgar aqueles que mataram durante a ação?
Eu tenho uma opinião bastante fixa nisso aí. Se eu fosse comandante geral, todos aqueles policiais militares em combate que matassem um bandido, eu o promoveria por ato de bravura. Eu daria promoção por ato de bravura. O bandido sai para assaltar é para matar, então a Polícia Militar é para matar bandido.
No seu vídeo, que o senhor colocou nas suas redes sociais o senhor falou que bandido não ouve conversa, ouve é chumbo. Essa frase se aplica somente para policiais fazerem isso ou a população também?
Eu acho que existe no Código Penal a excludente de criminalidade. Se você está na sua casa e o bandido entra, você está defendendo sua vida e de outrem, que é um excludente de criminalidade, então se cabe também a um cidadão. Se eu fosse um civil, eu estaria totalmente armado na minha casa, tem que ser a realidade nua e crua, eu falo aqui a realidade nua e crua. Quem tem insegurança quer segurança, se o Estado não dá, ele procura ter essa segurança. Então essa é a realidade, deixemos de demagogia, de falácias, é por isso que eu me canso, eu tenho nojo dessas coisas. Às vezes eu me pergunto: “será que eu estou no local certo, ser candidato, onde tem tanta gente que só vive de falácias?”. Então eu digo, cidadão, você que nos ouve, quem elegeu quem está lá? Vocês, então, tenham responsabilidade.
Candidato, o senhor é conhecido e também se autodeclara como alguém que fala o que pensa. O senhor acha que essas verdades que o senhor costuma falar acabam prejudicando a sua candidatura?
Não, porque eu não penso nisso. Eu penso que a verdade liberta, é bíblico, a verdade liberta, e eu não quero chegar a lugar nenhum, se não for com a verdade. Se for para ser eleito com mentira, eu não quero ser eleito.
Agora falando um pouquinho sobre educação, no início o senhor comentou que também é uma bandeira que o senhor quer levantar. Nós sabemos que a situação das escolas públicas aqui de Teresina e do Piauí estão deficientes, então como o senhor pretende melhorar essa situação.
É muito fácil, eu tenho conhecimento de causa. Fui professor por vários anos, inclusive dei muta aula no CFAP. Porque está acontecendo essa defasagem no ensino? É porque onde não há disciplina não pode haver nenhum fruto. Nada é isolado, educação, segurança e saúde são ligadas. O que acontece hoje cada dia pode piorar, as famílias não assumem a sua posição, porque às vezes a família pega o filho e manda educar nas escolas, escola não educa. A educação começa na família. Eu, nas minhas palestras uma vez disse e fui chamado até atenção pela minha sinceridade, eu disse que a violência começa na família, porque hoje em dia ninguém se casa, se acasala. Hoje ninguém mais está casando. Se antigamente, algumas décadas atrás se casava, faziam aqueles encontros de família, não dava certo, quanto mais agora. Hoje, o que nós devemos fazer é escolas cívico-militares, são exemplos! Não sei como é que a pessoa é contra aquilo que dá certo, aquilo que tem efetividade. Hoje onde é o melhor ensino? O militar. Aí falam “o coronel está sendo rígido, radical”. Porque quando se fala em militar, alguns idiotas levam para a repressão militar, que nunca existiu no Brasil. Então hoje é muito fácil se mudar o ensino no Brasil, basta fazermos escolas cívico-militares.
Falando sobre saúde, sabemos que a saúde também está passando por problemas no Piauí, incluindo a falta de medicamentos, de leitos de UTIs e até de equipe médica. Como o senhor pretende melhorar isso?
Se você me citar alguma coisa que está bem no Piauí eu vou lhe parabenizar, porque não existe nada bem no Piauí. Aqui no Piauí só quem está bem são as pessoas que fazem parte do governo. Hoje nós temos que investir maciçamente na saúde, e dinheiro tem, infelizmente são desviados. Hoje aqui nós temos essa maternidade onde morrem vários bebês recém-nascidos, que não tem investimento. Então o que falta mesmo é investimento e ser sanada essa questão da corrupção, corrupção essa que foi mostrada pela Polícia Federal e não acontece nada, porque os poderes estão aliados, isso é verdade, todo mundo sabe, agora tem que ter coragem de falar. Mas isso vai acabar, porque quem diria que no Rio de Janeiro aqueles governadores seriam presos, como estão presos ainda? Presidentes da assembleia seriam presos, como estão presos? Então um dia isso vai acabar.
Agora nós vamos iniciar a segunda parte da nossa entrevista, em que o candidato irá dizer se é apenas a favor ou contra os tópicos.
Aborto?
Contra.
Cotas raciais?
Contra.
Descriminalização da maconha?
Contra.
Privatização do SUS?
A favor.
Redução da maioridade penal?
A favor.
Ideologia de gênero nas escolas?
Contra.
Homeschooling?
A favor.
Privatização das universidades públicas?
A favor.
Criminalização do comunismo?
A favor.
Linguagem neutra?
Contra.
Adoção por casais homoafetivos?
A favor.
Considerações finais do candidato:
Primeiro, agradecer a Deus por estar aqui e a vocês pelo convite e dizer que o eleitor, as pessoas, os cidadãos tenham consciência. Procurem saber em quem estão votando. Deem importância real ao voto, eu não peço e nem compro voto, eu conquisto. Eu gostaria que vocês procurassem conhecer a quem vão votar. Sou o coronel Viana, sou candidato sou candidato a deputado federal, não peço voto, quero que vocês me conheçam, meu número é 2210 pelo PL. Eu acho que esse é o momento de vocês escolherem certo! Todos nós temos que parar de reclamar, e quando terminam as eleições, estão eleitos os mesmos que não fizeram nada. Não fizeram nada pelo nosso estado nem pelo país. Procurem saber quem é o coronel Viana pelas redes sociais e pelo Instagram, com o nome: @coronelviana. Então eu peço a vocês, não peço voto, peço que vocês procurem conhecer os seus políticos e futuros deputados federais e estaduais e governadores, e o nossos presidente também. Muita paz e saúde a todos.
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